O secretário de Estado de Segurança Pública, Fábio Galindo, assinou uma portaria determinando a criação de uma comissão para reavaliação das concessões de licenças e afastamentos, por problemas médicos, dos servidores da pasta. Essa comissão terá a função de realizar um “pente fino” para saber realmente quem são os funcionários que estão afastados por problemas de saúde e os que apenas se utilizam desse expediente para não cumprirem a jornada de trabalho, uma estratégia bastante comum, mas, que acaba causando um desfalque considerável tanto na área administrativa quanto operacional da secretaria.
A Comissão será presidida pelo próprio secretário, tendo como coordenadora técnica, Keila Regina da Silva Nunes Costa, e como membros, um representante da Polícia Militar; um representante da Polícia Judiciária Civil; um da Politec; e um do Corpo de Bombeiros Militar.
Essas unidades da Secretaria de Segurança Pública deverão indicar formalmente, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, o representante na Comissão que, por sua vez, deverá concluir os trabalhos em até 30 (trinta) dias, a contar da publicação desta Portaria, podendo o prazo ser prorrogado por igual período mediante prévia justificativa.
A comissão deverá produzir relatório final contendo diagnóstico da situação atual, identificando distorções e elaborando plano de providências, se for o caso.
Os órgãos da Segurança Pública de Mato Grosso (principalmente a Polícia Civil e Militar), já foram alvos de dezenas de licenças ilegais que foram concedidas de forma fraudulenta e com base em atestados médicos falsificados que eram vendidos em alguns pontos de Cuiabá. Isso fez com que o contingente policial tivesse uma redução drástica, o que acabou despertando a atenção das autoridades que passaram a investigar por causa da quantidade de atestados emitidos por um único “profissional médico” que, na realizada, não passava de um falsário que imprimia blocos falsos de atestados e falsificava carimbos.
Na ocasião, detectou-se que a maior ocorrência aconteceu na Polícia Militar de Mato Grosso, que tinha quase o mesmo contingente de licenciados que os na atividade fim.


