
O magistrado entendeu que, quando houve a instalação dos postes, a concessionária seguiu as balizas do arruamento existente e implantado no local, respeitando o traçado e a largura das vias públicas, segundo loteamento aprovado, que estava sob a fiscalização e a vistoria municipal. “Não se pode, agora, migrar para a concessionária a responsabilidade que, na raiz do controle urbanístico, era da própria municipalidade. Afinal, loteamento urbano é via de mão dupla, que envolve o loteador e a municipalidade, observando que a administração pública não tem apenas o poder-dever de aprovar, mas também o de acompanhar a execução de suas obras de infraestrutura, vistoriando-as e recebendo-as até a emissão do Termo de Verificação e Entrega de Obras”.
Pela decisão, a prefeitura deverá ainda pagar, durante 25 anos, uma pensão de um terço da remuneração que Nilson recebia na época (cerca de R$ 600), para cada um dos fihos.
O motociclista seguia em direção à avenida André Maggi, quando, no cruzamento da rua B com Antônio Luciano Bortolozzo, colidiu contra o poste. Com a pancada, o capacete saiu da cabeça e Nilson morreu na hora. Ele trabalhava no setor de construção civil, era casado e foi sepultado em Colíder.
Mais de seis anos após o acidente que vitimou o pedreiro, os postes continuam localizados irregularmente, no meio da rua B. As colunas de sustentação da rede de iluminação foram instaladas no Vitória Régia há vários anos e consta no processo que a concessionária seguiu o projeto de loteamento aprovado pela prefeitura. Com o tempo, a distância entre as duas colunas ficou estreita para o fluxo de veículos no local e, uma vez que a rua não tem pavimentação ou meio-fio, os motoristas começaram a passar pelo terreno ao lado, o que expandiu a via e deixou os postes no meio do caminho.
Outro lado
Só Notícias entrou em contato com a concessionária de energia elétrica, a Energisa, que, no entanto, explicou que aguarda um posicionamento da equipe técnica sobre a situação. Já a assessoria da prefeitura informou que entrou em contato com a empresa para que seja feita a mudança, uma vez que os postes irregulares impedem as obras de asfalto que devem começar nos próximos meses.


