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Sindicato prevê impacto negativo de R$ 300 mil no Nortão após frigorífico fechar

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O fechamento da unidade da JBS Friboi em Matupá (220 quilômetros de Sinop) deve ser sentido na economia das cidades da região. A previsão, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal), José Evandro Navarro, é que cerca de R$ 300 mil deixem de ser injetados mensalmente na economia, principalmente de Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop). “Quase 80% dos trabalhadores eram de Peixoto. De acordo com nossos registros, cada um dos 246 funcionários recebia em média R$ 1,2 mil por mês. O impacto naquele município vai ser grande, uma vez que a Frialto já havia demitido 200 funcionários anteriormente”, avaliou, ao Só Notícias.

Representantes do sindicato e da JBS reuniram-se, ontem, para discutir as medidas compensatórias para os funcionários que serão dispensados. “Conseguimos apenas três meses de cestas básicas e a promessa de que o frigorífico vai voltar a funcionar em breve”, adiantou. Evandro também rebateu a alegação da empresa de que os funcionários poderiam ser transferidos, caso houvesse interesse. “É coisa para inglês ver. Eles oferecem transferências para algumas poucas vagas. Posso garantir que vão demitir a maioria, até porque já fomos comunicados para fazer a homologação”.

Para o presidente do sindicato, a falta de matéria prima, motivo alegado pela empresa, não é o único motivo que levou ao fechamento. “Houve redução considerável no rebanho, de acordo com relatório do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea). Porém, a empresa tem um problema financeiro com o Estado e alguns valores bloqueados. Há outros rumores também, mas que, por enquanto, são só especulações. Temos conversado com alguns políticos para tentar melhorar os incentivos aos frigoríficos em Mato Grosso e evitar novos fechamentos. Inclusive, uma reclamação comum de várias empresas é a concentração de investimentos do governo federal para os frigoríficos do grupo”, destacou

Segundo o secretário executivo do Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo), Jovenino Borges, a falta de fêmeas para abate em Mato Grosso é o grande responsável pelo fechamento dos frigoríficos no Estado, até agora, sete somente em 2015. “As unidades têm um custo muito elevado. É um ciclo. O tamanho do rebanho permanece o mesmo, mas não há bois prontos, pois muitas fêmeas foram abatidas. Eu acredito que não devem mais ocorrer fechamentos, pois o volume de animais agora deve ser suficiente, mas isso é imprevisível. Nós, do sindicato, ficamos sabendo ‘em cima da hora’ sobre o encerramento das atividades do frigorífico de Matupá. O cenário é preocupante”, avaliou

Conforme Só Notícias já informou, a JBS emitiu uma nota alegando que a unidade Matupá será temporariamente fechado em razão da baixa disponibilidade de matéria-prima em algumas regiões do país, que tem provocado um sistemático aumento da ociosidade na indústria nacional. Pelos números da empresa, cerca de 200 colaboradores serão dispensados. A companhia disse ainda que pretende oferecer a todos a possibilidade de transferência para unidades em Mato Grosso ou de outros estados.

Vários frigoríficos já foram fechados no Estado desde o início do ano, entre eles, uma unidade da Frialto em Sinop, onde mais de 500 trabalhadores foram demitidos.

No Mato Grosso, a JBS ainda mantém em operação 11 unidades.

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