
Segundo Ramiro, a delegacia tem apenas duas celas e a maioria dos presos era enviada, anteriormente, ao presídio de Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop), atualmente superlotado. “O problema maior é que não há vagas para Guarantã. As pessoas que são presas, não deveriam ficar nem um dia na delegacia. As celas deveriam ser apenas para flagrantes. Hoje, os presos chegam a ficar 15 dias”, revelou.
O delegado encaminhou uma carta à Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) expondo a situação de vulnerabilidade dos municípios. “Muitas vezes, presos perigosos estão sendo soltos, pois não tendo vaga, não há como manter preso, e até entre os próprios criminosos, sabendo da atual situação, sabem que não ficam presos muito tempo quando cometem crimes na cidade de Guarantã e Novo Mundo”, relata Ramiro, no documento.
Até o momento, entretanto, não foi divulgada qualquer providência para resolver o problema. Não foi informado também quantos presos teriam sido soltos em virtude da falta de vagas.
Outro lado
A assessoria da Sejudh foi procurada e disse que não recebeu qualquer ofício ou documento oficial, por parte do juiz da Comarca de Guarantã.


