Uma audiência pública deve ser realizada no município para promover o debate do projeto de construção da travessia urbana de Sinop, proposto pela concessionária Rota do Oeste. O requerimento foi apresentado pelo deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) e a data ainda deve ser confirmada. A previsão de início para as obras de ampliação do trecho norte, compreendido entre o Posto Gil e a cidade de Sinop é para 2017, cabendo sugestões de alterações no traçado original.
A necessidade de promover um debate surgiu após reunião com o diretor de Operações da empresa, Fábio Abritta, que apresentou todo o projeto ao parlamentar. A empresa é responsável pela recuperação, conservação, manutenção e implantação de melhorias da BR-163, na divisa de Mato Grosso com Mato Grosso do Sul até Sinop, um trecho com extensão de 850,9 quilômetros.
“A BR-163 é uma das mais importantes rodovias para a economia nacional, mas seu projeto visava a demanda da década de 1970, o que fez com que ela se torna-se um local extremamente perigoso. A proposta da Rota Oeste moderniza essa via para as próximas décadas, mas é necessário adequar o projeto idealizado pela concessionária com a realidade das pessoas que ali vivem”, argumentou Dilmar.
Abritta explicou que a primeira etapa dos trabalhos, com entrega prevista para março de 2016, abrange Rondonópolis, considerado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), como principal gargalo da logística de Mato Grosso, responsável por 30% da produção de grãos do país.
“A rodovia é estratégica na infraestrutura logística, já que é o principal meio de escoamento da produção de grãos de Mato Grosso. Rondonópolis é o trecho mais perigoso e com maior tráfego dessa rodovia, por isso, sua conclusão trará mais alívio a todo perímetro”, explicou Abritta.
De acordo com o diretor, após a conclusão da região Sul, a empresa começará os trabalhos na Rodovia dos Imigrantes, em toda a sua extensão, até o Trevo do Lagarto. Somente depois, a região Norte.
Durante os 30 anos de concessão, a BR–163 receberá investimentos de R$ 5,5 bilhões. Nos cinco primeiros anos, haverá duplicação de 453,6 km e serão construídas vias marginais em trechos urbanos e passarelas. No pico de obras, o empreendimento empregará três mil pessoas e, durante a operação, serão 500 contratações.