O aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, foi considerado o pior do país pelos usuários em 15 itens diferentes, entre eles, o de satisfação geral do passageiro. O terminal ficou com o 1º lugar de má qualidade em 35,7% dos serviços avaliados no primeiro trimestre deste ano. Na pesquisa de percepção, divulgada nesta quarta-feira (29), pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), o aeroporto local teve as menores notas dentre os aeroportos brasileiros numa escala de 1 a 5, sendo reprovado pelos passageiros em quesitos como segurança, conforto e cordialidade.
Dos 48 itens avaliados pela SAC, o terminal várzea-grandense voltou a aparecer 6 vezes, desta vez como o 2º pior do país, por exemplo, na limpeza dos sanitários e nos preços praticados nas lanchonetes. Vale ressaltar que o aeroporto participa da pesquisa em 41 temas, já que os voos internacionais foram novamente suspensos no terminal, que segue como internacional apenas no nome. A melhor colocação foi no quesito velocidade da restituição de bagagem, 11º lugar, dentre os 15 aeroportos pesquisados. Para Tiago Rocha de Campos, funcionário de um hotel localizado na Capital, o problema começa na chegada, no acesso dos passageiros ao embarque.
O terminal foi classificado pelos usuários como pior na cordialidade dos funcionários da inspeção de segurança, das lanchonetes e restaurantes, e do comércio; nos painéis de informação de voo; na qualidade da internet wifi; na disponibilidade de sanitários e de assentos na sala de embarque; na sensação de proteção e segurança; na limpeza geral do aeroporto; no conforto na sala de embarque; no conforto térmico e acústico do aeroporto; na quantidade e qualidade de estabelecimentos comerciais; na facilidade para realizar conexões; e na satisfação geral do passageiro.
Outro lado
Por meio de nota, a assessoria da Infraero informa que a expectativa é que a conclusão das obras do Marechal Rondon trará benefícios aos usuários. Sobre esse assunto, ainda aguarda uma posição do governo de Mato Grosso. “Desde o final de 2014 a Infra-ero está em tratativas com o Estado com vistas à sub-rogação do contrato e continuidade das obras. Com o início do novo governo foi definido que na 1ª quinzena de fevereiro de 2015 seria assinado um novo convênio, com o repasse do contrato à Infraero. Em 22/03, prestes a vencer os prazos de suspensão do contrato e do convênio, a Infraero prorrogou as negociações por mais 60 dias. Caso esse prazo não seja cumprido, a Infraero decidirá por rescindir o Termo de Convênio e realizará uma nova licitação para a retomada dos trabalhos, cujos prazos e cronogramas serão definidos com a publicação deste novo edital”.
Já a Secretaria de Estado das Cidades informa, em nota, que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) está trabalhando na conclusão da minuta que trata da sub-rogação do contrato da obra para a Infraero. Representantes da secretaria e da PGE se reúnem na próxima semana para concluir os trabalhos referentes à sub-rogação e então repassar a construção à Infraero.
