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Cuiabá: homem colocou veneno em achocolatado para se ‘vingar’ de ladrão mas criança acabou morrendo

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O laudo toxicológico realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) deu positivo para envenenamento nas amostras de achocolatado encaminhadas pela Polícia Civil e no material biológico de uma criança de 2 anos, que morreu após ingerir a bebida em Cuiabá. O exame pericial detectou a presença da substância Carbofurano nas cinco caixas de achocolatados de duas marcas diferentes.

A substância é o princípio ativo encontrado em pesticidas utilizados para controle de pragas em lavouras e comumente aplicado como veneno de rato. A técnica utilizada pelos peritos foi a Cromatografia Gasosa e Espectrometria de Massas.

Após pesquisa minuciosa, os peritos conseguiram descartar a hipótese de contaminação biológica por bactéria ou fungo, decorrente do processo de fabricação, e identificar a contaminação externa através de um furo compatível com agulha de seringa na parte lateral superior de cada embalagem.

“Unindo o histórico da morte da criança que veio a óbito muito rápido, e os sintomas apresentados, juntamente com o laudo da necropsia, tracei uma linha de pesquisa sobre a classe de venenos que poderiam trazer esses efeitos, antes de detectá-los no exame”, explicou o perito criminal Diego Viana de Andrade.

Dois homens, 27 e 61 anos, foram presos pela adulteração deste produto e consequentemente a morte da criança. Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), o homem de 27 anos é usuário de drogas e constantemente subtraía produtos alimentícios de casas e estabelecimentos comerciais, na região do bairro Parque Cuiabá. No dia 5 deste mês, ele furtou cinco caixas de bebidas achocolatadas de duas marcas, na residência do homem de 61 anos.

Esta não seria a primeira vez que o acusado furtava o local, tanto que o proprietário da casa teria ameaçado o suspeito na semana anterior ao crime. Revoltado com os constantes arrombamentos a sua residência, o homem de 61 anos arquitetou a vingança fazendo uso de uma seringa para injetar o veneno nas bebidas para deixar como uma espécie de isca para o outro. Ocorre que o suspeito, de 27 anos, não fez uso, mas vendeu o produto ao pai do menino envenenado, pelo valor de R$ 10. A explicação é do delegado titular da Deddica, Eduardo Botelho.

O homem, de 61 anos, foi autuado por homicídio qualificado com emprego de veneno, além de homicídio tentado em razão de um amigo da família do menino ter ingerido o produto e ter sido internado em unidade hospitalar. O outro de 27 anos vai responder por furto qualificado e o procedimento investigativo será conduzido pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), de Cuiabá.

Após interrogatório, os dois suspeitos serão conduzidos ao Centro de Ressocialização de Cuiabá, onde ficarão à disposição do Judiciário.

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