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Cuiabá: pesquisadores ressaltam importância da energia solar no país

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Em continuidade aos trabalhos do 1º Encontro do Parlamento Latino-Americano (Parlatino) em Mato Grosso, ontem, pesquisadores ministraram palestras sobre energia solar. Professor da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade de Duke (Carolina do Norte), Mario Benjamin Baptista de Siqueira, falou sobre energia heliotérmica, que compreende no aproveitamento da energia solar pela rota térmica.

Também durante o evento, o pesquisador e doutor em Engenharia Aerodinâmica de Pontes Super Longas pela Universidade de Kyoto (Japão), Cristiano Augusto Trein, reforçou a importância da produção de energia solar por meio de placas fotovoltaicas. O evento, que começou na quinta-feira (11.08), teve como objetivo a integração dos países da América Latina e Caribe para debater estratégias e alternativas no que se refere à produção de energia.

De acordo com Siqueira, comercialmente a energia heliotérmica ainda não é uma realidade no Brasil, porém, através de plantas pilotos, pesquisas já são realizadas com o objetivo de que este tipo de geração de energia possa ser aplicado no país e que a atual matriz energética brasileira possa ser ampliada.

“Estamos aprendendo bastante sobre o que é e como funcionaria no Brasil a energia heliotérmica. Os resultados têm sido bastante promissores. A tecnologia utilizada para sua instalação ainda é muito cara. Porém, para que a geração de energia heliométrica no Brasil aconteça são necessários outros fatores e a expectativa é de que daqui a algum tempo este preço seja reduzido e ela passe a ser competitiva em relação às demais. Por ela ser gerada através do calor, o Brasil, e consequentemente Mato Grosso, é um local para grande aproveitamento”, destacou Siqueira.

Mesmo não sendo realidade no Brasil, a energia heliométrica já desponta em países como a Espanha e os Estados Unidos (EUA), além de também estar em processo de desenvolvimento e construção, no norte da África, Oriente Médio e África do Sul, que também são locais que possuem recurso solar para produção deste tipo de energia.

“Precisamos nos prepara para o que vier futuramente. Não podemos ficar fora desta realidade. Com o passar do tempo esta tecnologia será necessária e sem estarmos atualizados, podemos acabar dependendo de tecnologia internacional. O Brasil tem que se preparar para um contexto que, eventualmente, possa ser realidade”, destacou Mario Siqueira.

Em relação a produção de energia solar por meio de placas fotovoltaicas, o pesquisador Cristiano Trein explica que esta já é uma realidade no Brasil, inclusive em Mato Grosso. “O Brasil tem um potencial muito grande de energia solar. O nosso país esta em uma zona de maior potencial em relação aos demais países. Além disso, a energia solar também compreende uma indústria de amplo conteúdo tecnológico e de geração de emprego e renda. Investir nesta cadeia de produção é investir em melhoria para a população e inclusão social”, reforçou Trein.

Mesmo o Brasil sendo produtor potencial de energia solar, o pesquisador ressalta que o investimento para implantação dos equipamentos ainda é alto. “O investimento inicial é alto para os padrões brasileiros. Se compararmos a geração centralizada, que são as das grandes hidrelétricas, de energia eólica, que são contratadas em leilões de energia, a solar não é tão competitiva em relação às demais. Porém quando se tratar da utilização, esta passa a ter elementos mais competitivos”.

Trein destaca que é importante a participação dos entes públicos para que a energia solar seja implementada. “A inviabilidade prática desta geração de energia está no financiamento dos equipamentos. É neste momento que os órgãos públicos são importantes. Uma das possibilidades é o programa Minha Casa, Minha Vida. A partir do momento em que se insere no projeto a possibilidade de se financiar um painel solar, cria-se um mercado, que movimenta toda uma cadeia produtiva. É o governo atuando para dar condições a todo um sistema”, finalizou Trein.

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