
Pessine explicou, em entrevista ao Só Notícias, que os trabalhadores reivindicam reajuste de 11,57% nos salários. No entanto, na segunda-feira (20), na última reunião com o sindicato patronal (Sinduscon), foi oferecido 6,4% divididos em duas vezes, sendo a primeira parcela no salário de julho, retroativo a maio, e a outra em novembro. Para os sindicalistas, o percentual ficou abaixo da inflação, cuja média é de 9,8%. A proposta foi repudiada pela categoria.
Os sindicatos locais percorrerão os canteiros de obras para explicar aos trabalhadores o impasse nas negociações e para mobilizá-los em caso de paralisação geral.
Eder Pessine afirmou ainda que a categoria sofre com a desvalorização ao longo dos anos, especialmente de 2001 em diante. Segundo ele, um pedreiro recebia cerca de 2,5 salários mínimos. Atualmente, o valor pago para este mesmo profissional é de 1,6 salário mínimo. Já um servente de pedreiro recebe, em média, um salário mínimo. O valor do salário mínimo é R$ 880.
A decisão de greve geral da categoria foi tomada até que os índices sejam revistos. Ainda segundo o presidente, as empresas da construção civil que desejarem antecipar os índices deverão encaminhar as suas propostas ao Siticom de Sinop para que sejam liberadas do movimento de greve geral.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Mato Grosso (FETIEMT), da qual Pessine é conselheiro, a greve deve ser deflagrada em todo o estado a partir da data estipulada. Em Cuiabá e baixada cuiabana são cerca de 30 mil trabalhadores.


