PUBLICIDADE

Justiça confirma condições previstas em lei para que reajuste seja aplicado

PUBLICIDADE

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em ação que tornou ilegal a greve dos servidores da Secretaria de Meio Ambiente, confirma o que a Câmara Fiscal do Executivo já afirmava, de que a aplicação do Reajuste Geral Anual (RGA) não é automático e depende de algumas condições previstas em lei para que seja pago.

Em sua decisão, a desembargadora Serly Marcondes Alves lembrou que é preciso considerar a capacidade financeira do Estado. “O pagamento do reajuste geral anual (RGA) depende intimamente da realidade financeira do Estado. Como notório, não apenas nosso Estado, mas toda a Federação, inclusive a União, enfrentam crise orçamentária sem precedentes”, afirma a desembargadora.

Esta situação foi ressaltada pelo governador Pedro Taques em entrevista na última segunda-feira (06.06). “Hoje são mais de 12 milhões de desempregados em todo o Brasil. É a maior crise econômica dos últimos 90 anos no Brasil. Quinze estados brasileiros estão atrasando os salários. Mato Grosso é um dos poucos que ainda pagam em dia. Pagar o RGA de imediato teria como consequência atrasar a folha de pagamento, o que essa gestão não admite”.

Para o pagamento do RGA, o Executivo deve estar adequado ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para despesa de pessoal, ou seja, 46,5% da Receita Corrente Líquida, índice que não está sendo cumprido desde o início de 2015.

“A revisão geral anual fica condicionada aos seguintes requisitos: I – ocorrência de perdas salariais resultantes de desvalorização do poder aquisitivo da moeda, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC); II – incremento da receita corrente líquida verificado no exercício anterior ao da revisão (…), respeitado o índice prudencial da Secretaria do Tesouro Nacional – STN; III – capacidade financeira do Estado, preservados os compromissos relativos a investimentos e despesas continuadas nas áreas prioritárias de interesse econômico e social”, diz trecho da decisão.

Além disso, a desembargadora lembra que os diálogos sobre pagamento do RGA não foram esgotados e, portanto, a greve não se justifica. “Ao que tudo indica, o requerente tem se mantido aberto ao diálogo, de modo que, embora frustrados todos os encontros até então, não é possível afirmar sua renitência, não, pelo menos, ao ponto de autorizar a paralisação abrupta das atividades”.

Pedro Taques lembra que mais de 100 reuniões já foram realizadas com os sindicatos que representam os servidores estaduais e pede que a greve não seja a única opção. “Só em 2015 nossa equipe econômica realizou 102 reuniões com o Fórum Sindical. Não esgotamos as conversas. Eu quero pagar o RGA e, assim que nosso caixa apresentar um bom fluxo, poderemos fazer isso. Não é o momento de greve. É o momento de compreensão e de trabalhar pela população”.

A desembargadora Serly Alves também destaca a população como a maior prejudicada em caso de greve. “São evidentes os prejuízos que a cessação coletiva de trabalho causa não apenas à administração, mas principalmente à população. Assim, e ao arremate, perde suas bases o movimento grevista, e se revela ilegal a continuidade da paralisação”.

Desde a última sexta-feira, três liminares foram concedidas em favor do Estado pela suspensão de greve. A primeira voltada às forças da segurança, cujo serviço é considerado essencial para a população. “Precisamos enfatizar o importante e capacitado trabalho que as forças da segurança vêm realizando no nosso Estado. Eu quero dizer à Polícia Militar e à Polícia Judiciária Civil que eu, como governador, confio no trabalho dos senhores e das senhoras. A Polícia Judiciária Civil relatou 22% a mais de inquéritos policiais em 2015, comparado a 2014. Nós passamos 20 dias sem um homicídio em Várzea Grande. Em Sinop, diminuímos o número de homicídios, graças ao trabalho da Polícia Judiciária Civil e ao trabalho da Polícia Militar. Eu, neste momento, só tenho a reconhecer este trabalho”.

As outras decisões são desta segunda-feira, suspendendo as greves da Secretaria de Meio Ambiente e dos servidores da Secretaria de Saúde do Estado, também considerados serviços essenciais à população.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Morre homem internado após consumir bebida adulterada em festa em Mato Grosso

Um homem de 33 anos, natural de Nova Brasilândia,...

Sistema Fiemt nova unidade do Senai no Nortão, com investimento de R$ 11 milhões

O presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel, esteve em...

IFMT anuncia ampliação do programa Solo Vivo

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou...

Governo de MT lança guia de integridade nas contratações públicas

O governo de Mato Grosso lança, nesta terça-feira, o...
PUBLICIDADE