Um autônomo, de 32 anos, foi condenado a dez anos e seis meses de prisão por assassinar, com um tiro no rosto, um jovem, de 17 anos, em um bar, o bairro Boa Esperança, em novembro de 2011. O réu foi sentenciado a nove anos pelo assassinato e mais um ano e seis meses por ser reincidente. Ele cumprirá a pena, inicialmente, em regime fechado, no presídio Osvaldo Florentino Leite, onde está preso.
O condenado foi detido logo após o homicídio e confessou o crime, na delegacia municipal. Ele relatou, na ocasião, que estava no bar, com alguns amigos, quando a vítima se aproximou e começou a provocá-lo. Um dos amigos estaria armado e então o acusado pegou o revólver e disparou atingindo o rosto do adolescente. Um homem chegou a confirmar que emprestou a arma para o suspeito atirasse.
Durante audiência, no entanto, o réu mudou a versão e disse que sequer estava no local do crime. Segundo o novo relato, ele havia tido um desentendimento anterior com a vítima, mas que não tinha “nada contra ela”. O acusado ainda afirmou que estava em uma rua próxima, quando ficou sabendo do assassinato e foi até o bar.
Para a magistrada, as circunstâncias em que o ocorreram o crime foram “desfavoráveis”, uma vez que, segundo a perícia realizada no local, “a vítima se encontrava sentada no piso da varanda da lanchonete, despercebida e em condições que dificultou sua defesa. O crime trouxe consequências nefastas e irreversíveis posto que ceifou a vida da vítima, porém são inerentes ao tipo penal. O comportamento da vítima, por sua vez, em nada influenciou na prática delituosa”.
O réu ainda poderá recorrer da sentença.
