
"Houve contato da presidente, em dezembro, com o prefeito Juarez Costa que prometeu resolver o assunto. Mas, até agora, não foi repassado nem um centavo. E, de janeiro até agora, os gastos da APAMS passaram de R$ 150 mil". Ainda de acordo com a diretora, no começo da semana, houve outro contato da presidente com o prefeito cobrando apoio financeiro mas não houve resposta.
"Temos um carro rodando o tempo todo, recolhendo animais abandonados ou que foram atropelados e verificando denúncias de maus tratos. A prefeitura e a câmara nem imaginam a dimensão do trabalho da entidade, que é feito com muito carinho. Já estamos, há anos, fazendo a obrigação do poder público sem cobrar um tostão e recebendo migalhas. É muita falta de respeito e consideração da prefeitura com o trabalho da entidade", criticou a diretora.
Entidade sem fins lucrativos, a APAMS tem 7 funcionários, registrados, e também acaba pagando impostos. Além dos 140 animais no abrigo, a entidade auxilia em torno de 50 que estão em lares temporários porque as instalações da entidade permanecem lotadas. "Se a diretoria renunciar, o problema vai ficar para a prefeitura administrar. Quem vai cuidar desses animais ?", conclui.
Ano passado, a prefeitura repassou R$ 8 mil mensais, durante 12 meses, para ajudar nas despesas. Este ano, não houve repasse.
Outro lado
O secretário de Governo, José Pedro Serafini, disse, ao Só Notícias, que não há nenhum convênio entre prefeitura e APAMS em vigor neste momento. "A prefeitura não deve nada para nenhuma entidade conveniada. Todos os repasses estão rigorosamente em dias. O que existe, em relação a APAMS, é um compromisso de firmar um convênio com recursos devolvidos da câmara. Isso está em análise. Além disso, foi celebrado um termo entre prefeitura e Companhia Energética Sinop (CES) para destinar um recurso para uma central de zoonoses, que ainda não tem data para ser construída".


