
Gaúcho de Tuparendi, seo Adão teve uma infância e adolescência difíceis, marcadas pela perda de seus pais, e pela vida modesta. Mas sempre manteve consigo, e ensinou seus 4 filhos (Marcos, Marcio, Marcelo e Marcilio), as lições de caráter e retidão que pautaram sua vida. Trabalhou muito, praticamente a vida toda. No Paraná, em olaria e como borracheiro. Em Sinop, foi vigilante por mais de 20 anos em um banco e no INSS.
"Sou semianalfabeto e consegui criar meus filhos", orgulhava-se. Ensinou que, com trabalho e honestidade, também "se vence na vida". Foram muitos os sacrifícios para proporcionar educação e bem estar para sua família. Em 1987, decidiu deixar o Paraná e ir para Sinop, esperançoso em um futuro melhor. Dizia que a maioria dos momentos mais felizes foi vivida em Sinop. "Acho que foi uma das melhores coisas que fiz", falava, aos filhos, satisfeito por cada um ter sua atividade profissional.
Aposentou-se há cerca de 8 anos e passou a se divertir, no Clube dos Idosos (dificilmente perdia um baile), e com os amigos (que o apelidaram de Teixeirinha) sempre enalteciam sua alegria e disposição. Não gostava de viajar. Preferia ficar no seu "canto". E foi no seu canto que, aos poucos, nos últimos dias, as forças foram se acabando. Hospitalizado, recebeu as bênçãos de dois sacerdotes para partir em paz.
O velório será no Memorial Luz e Vida, nesta terça-feira, a partir das 7:30h. O sepultamento está previsto para às 15:30h.


