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CPI dos Bingos espera extradição de João Arcanjo para o início do ano

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João Arcanjo Ribeiro, o homem acusado de chefiar o crime organizado em Mato Grosso – com ramificações em mais cinco estados – deverá ser devolvido ao Brasil até o início do ano. Ele se encontra preso em Montevidéu, no Uruguai, a pedido da Justiça brasileira. A expectativa pela execução da extradição do “comendador”, como é mais conhecido pela mídia nacional, vem do relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Ele disse que a Comissão pretende investigar as atividades de Arcanjo, que é acusado ainda de sonegação contra a Receita Federal.

A convocação de João Arcanjo havia sido aprovada pela CPI dos Bingos em agosto. O senador Garibaldi acredita que Arcanjo tenha envolvimento direto com as casas de bingos. Nas investigações da Polícia Federal, ficou evidenciado que o criminoso preso no Uruguai era quem “outorgava” licença para funcionamento dos máquinas caça-níqueis, a grande maioria contrabandeada. Ele nega tudo. De concreto, sabe-se que Arcanjo era dono da Colibri Bilhetes, empresa que gerenciava o jogo do bicho no Estado.

A Justiça do Uruguai já aprovou a extradição de Arcanjo para o Brasil, mas fez uma observação: o Governo brasileiro deveria anular a sentença por porte ilegal e contrabando de armas, encontradas em sua residência na época em que se deflagrou a “Operação Arca de Noé”. À revelia, o criminoso brasileiro foi condenado há 7,4 anos de prisão pela Justiça Federal. O processo, apreciado pelo magistrado Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara, transitou em julgado. E é nisso que Arcanjo se segura na prisão do Cárcere Central de Montevidéu para ficar no Uruguai.

Esta semana, porém, não foi boa para o bicheiro. Um dos inúmeros recursos interpostos contra a execução da extração foi julgado pelo juiz Ricardo Vernazza, que rejeitou a apelação. Mas o caminho ainda é longo. Nesse caso, a expectativa do relator da CPI dos Bingos pode não se concretizar. Seja como for, é possível que o Senado descubra, pelas suas investigações, o envolvimento de Arcanjo em outros crimes.

Um dos temas mais latentes sobre Arcanjo foi divulgado na semana passada. É o interesse nas investigações sobre a ligação entre o bicheiro de Mato Grosso e o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel. Considerado um dos casos mais nebulosos dos últimos tempos no Brasil, há suspeita de que o criminoso mato-grossense preso no Uruguai, a morte do prefeito liga Arcanjo a Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, empresário e ex-segurança. A denúncia envolve uma ex-funcionária de Arcanjo, atualmente no Programa de Proteção às Testemunhas

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