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Tratoraço:governo vai estudar renegociação de dívidas e libera R$ 3 bilhões

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O tratoraço-alerta do campo, que parou Brasília nos últimos dois dias, começou a dar resultados. O governo atendeu hoje a parte das reivindicações dos produtores rurais que realizam em Brasília protesto que reúne cerca de 3 mil tratores e 20 mil pessoas.
O governo anunciou a liberação de R$ 3 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a renegociação das dívidas com fornecedores.
Os recursos deverão estar disponíveis, segundo ele, no prazo de dez dias a um custo de 9,75% mais 4% de juros ao ano. O produtor, no entanto, bancará apenas a taxa do crédito rural, que é de 8,75%. Os outros 5%, deverão ser pagos pela indústria que compra a produção agrícola.
O governo também aceitou reavaliar os ativos dos produtores para uma possível liberação de garantias, o que poderá aumentar a capacidade de crédito dos produtores.

O presidente Lula concordou em facilitar a importação de insumos dos países do Mercosul. Para isso, o governo deverá flexibilizar o mecanismo de registro de alguns defensivos agrícolas. O assunto deverá ser tratado na próxima reunião da Camex (Câmara de Comércio Exterior) prevista para julho.

Os produtores rurais esperavam mais do governo. Uma das principais reivindicações do setor, a renegociação geral das dívidas, não foi resolvida, ao menos por enquanto. O governo decidiu criar um grupo de trabalho para estudar o assunto.

Os ruralistas pediram então a suspensão da execução das dívidas até que o grupo de trabalho apresente uma proposta para a renegociação.

Rodrigues explicou que até o final do dia o governo deverá avaliar a possibilidade jurídica de suspender as cobranças. Segundo o ministro, mesmo sabendo que o endividamento do setor não está relacionado aos problemas climáticos e de preço ocorridos neste ano, o governo reconhece que a capacidade de pagamento dos produtores ficou comprometida.

O ministro, que voltará a se reunir com a comissão de ruralistas hoje à noite, disse que também ficou pendente a definição de preço mínimo para o arroz, que pode provocar impacto inflacionário, e a renegociação de prazos para as parcelas do financiamento de custeio que vencem em julho e agosto. Ele explicou que se essas parcelas não forem pagas pode haver dificuldade de financiamento da próxima safra.

Diante do cenário de crise, o ministro reconheceu que a área plantada na próxima safra poderá ser um pouco menor do que na safra atual. Mas ele estima que o impacto maior da crise enfrentada pelo setor hoje será na redução do padrão tecnológico, que ficará mais compatível com a capacidade de pagamento dos produtores. “Se a área plantada cair será pouco, mas o padrão tecnológico vai cair bastante”, disse.

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