Os deputados federais e integrantes da cúpula do PPS se reúnem hoje, a partir das 18h, para discutir a possibilidade do partido se engajar em movimentos da sociedade civil que podem pedir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia 8 de maio, o Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) decidirá se apresenta ou não à Câmara um pedido de impeachment de Lula.
Lideranças do PSDB, um dos principais adversários políticos do presidente e de seu partido (o PT), já sinalizaram que não têm interesse em bancar um processo contra Lula. O PPS, que discute a questão, fez parte da base aliada do governo até 2004.
O PPS deve debater em cima do relatório do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, que apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma denúncia contra 40 pessoas, incluindo dois ex-ministros, por envolvimento no chamado esquema do “mensalão”.
Segundo o relatório do procurador-geral, o núcleo político partidário responsável pelo esquema pretendia garantir a permanência do PT no poder com a compra de suporte político de outros partidos e com o financiamento irregular de campanhas.
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire, afirmou que o impeachment do presidente Lula poder ser “um instrumento importante na defesa das instituições democráticas”, depois que o procurador-geral da República denunciou o PT como comandante de uma “organização criminosa”.
Na avaliação de Freire, a idéia de abertura de processo contra o presidente “já pairava sobre a sociedade, no desenrolar das investigações da CPI dos Correios e agora começa a amadurecer”.
