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Governo e centrais sindicais fracassam em acordo para salário mínimo

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Não foi dessa vez que o governo e centrais sindicais chegaram a um acordo para definir o novo valor do salário mínimo, hoje em R$ 300. A decisão ficou para a próxima terça-feira, em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às 10h.

A negociação, que inclui ainda o reajuste da tabela do Imposto de Renda, começou no final da manhã de hoje.

As centrais propuseram um salário mínimo de R$ 350 desde que entre em vigor a partir de abril –e não em maio, como ocorre tradicionalmente– e a correção da tabela do IR em 8%.

Mesmo sem acordo, o ministro Luiz Marinho (Trabalho) sinalizou que o governo está disposto a buscar recursos para viabilizar essa proposta.

“Preferimos até que demore um pouco mais para chegarmos a um acordo, mas chegaremos a um acordo que a sociedade brasileira julgue como um acordo positivo para as centrais sindicais, para o governo e especialmente para a economia brasileira”, disse.

À tarde, após receber a contraposta das centrais, Marinho se reuniu com lideranças do Congresso Nacional e, mais tarde, com o presidente Lula.
Ele tem convicção de que o acordo sairá, mas prefere negociar com calma para que o acordo não provoque um desequilíbrio no Orçamento.

“Se a proposta fugisse completamente das possibilidades e provocasse um desequilíbrio, teríamos rechaçado”, disse Marinho.

O ministro informou ainda que o governo não apresentou uma contraproposta à reivindicação dos sindicalistas. Apenas pediu mais tempo para analisar com cautela o impacto orçamentário dessas medidas.

“Nós precisamos realizar com a Previdência e com o Tesouro alguns cálculos para construir a possibilidade de acordo”, disse.

De acordo com ele, a antecipação do reajuste do salário mínimo de maio para abril representa um impacto de R$ 1,068 bilhão no Orçamento, além de R$ 1,1 bilhão de uma correção de 8% na tabela do IR. Já o salário mínimo de R$ 350 a partir de maio representa uma despesa extra de R$ 4,6 bilhões sobre o valor que conta da proposta orçamentária enviada para o Congresso em março, que é de R$ 321.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que as centrais já fizeram todo o possível. No início das negociações elas exigiam R$ 400 e reajuste da tabela em 13%. “Agora está na mão do governo. O governo só não faz acordo se não quiser.”

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), João Felício, deixou o Ministério do Trabalho após oito horas e meia de negociações otimista com o possível do acordo na próxima semana.

“Acho que acertar uma reunião diretamente com o presidente da República é altamente positivo. Eu acho que nós temos totais condições de fazer esse acordo na terça-feira, com o presidente.”

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