Tramita na Assembléia Legislativa de Mato Grosso o projeto de lei complementar que incorpora 6% no salário dos profissionais da Educação Básica a partir de março de 2008. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, reitera que a assembléia geral de 1° de outubro não acatou esta proposta, como o governo afirma na mensagem. “A categoria não acatou a proposta do governo e apresentou a contraproposta que instituiu o pagamento do piso possível de R$ 965,00 para outubro deste ano e de R$ 1.050,00 para fevereiro de 2008”, explica.
Gilmar Soares questiona a veracidade do projeto de lei, já que não houve o acordo citado e diz que o Sintep já está com indicativo de greve. “Se a Seduc não cumprir o que foi proposto pelo sindicato, os trabalhadores não iniciam o ano letivo, dando início à greve”, alerta. Está marcada para o dia 11 de fevereiro a assembléia geral da categoria que decidirá sobre a paralisação dos trabalhadores da Educação.
A direção do Sintep esteve reunida, ontem (20), com o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, para discutir a implantação do piso salarial e outras questões administrativas. O secretário descartou a proposta aprovada pela categoria, mesmo diante da viabilidade apontada pelo sindicato na Cartilha Salarial distribuída para os trabalhadores da Educação. A publicação traz uma análise detalhada da receita de Mato Grosso, do repasse do Fundo da Educação Básica (Fundeb) e da receita da educação, com dados da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), extratos do Banco do Brasil e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), comprovando que o governo pode pagar imediatamente um piso de R$ 965,20.
Uma reunião da Comissão do Piso Salarial do Sintep foi pré-agendada para a terceira semana de janeiro de 2008 para rediscutir a implantação do piso salarial. Na primeira semana de fevereiro, as deliberações serão encaminhadas em mais uma audiência com o secretário de Estado de Educação.
