O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou a quebra do sigilo bancário do primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), que é investigado por suposta manipulação da prestação de contas referentes à campanha do ano passado.
O pedido de quebra do sigilo foi proposto pelo Ministério Público Eleitoral e confirmado ontem pelo Tribunal. Riva já foi indiciado por movimentar em campanha dinheiro oriundo de factorings.
Eleito com a maior votação no ano passado, José Riva responde a 14 processos na Justiça Eleitoral. Ele nega a suspeita de prestação de contas falsas e também se diz perseguido pelo Ministério Público Eleitoral. Por isso, o parlamentar alega não ver nenhum problema na quebra do seu sigilo bancário. Argumenta que, dessa forma, vai conseguir encerrar o assunto. O crime de prestação de contas falsas prevê reclusão de até cinco anos e perda dos direitos políticos.
Riva também já foi denunciado por propaganda irregular, compra de votos, gastos ilícitos e utilização de servidores públicos em benefício de sua campanha. Ele é campeão de processos eleitorais entre todos os políticos do Estado. O deputado nega todas as acusações.
O pedido de quebra de sigilo é parte ainda apenas do processo de investigação judicial. Não quer dizer que Riva será punido, apesar do Ministério Público Eleitoral ver elementos suficientes para se analisar a movimentação financeira do parlamentar.
Riva afirma que não cometeria nenhum crime sabendo que todas as pesquisas de intenção de voto lhe mostravam como um dos deputados reeleitos tranquilamente. “Quem tinha de 6 a 7 porcento nas pesquisas e fez 83 mil votos não precisa disso”.