sábado, 5/julho/2025
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Laudo aponta falhas no projeto da Câmara Sinop e comissão apura valores

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Algumas deficiências no projeto podem ter sido a causa da diferença de R$ 115 mil nas obras da nova sede da Câmara de Sinop. O relatório com laudo técnico foi apresentado hoje à tarde, pela empresa 3D Engenharia, que fez uma vistoria técnica, in loco, nos últimos 20 dias. Ele foi aberto, na sala da presidência, pela presidente da comissão da câmara que fiscaliza a obra, Cleuza Navarini, os vereadores Valdemar Júnior e Zuleica Mendes, que fazem parte da comissão e a presidente do Legislativo, Sineia Abreu. O engenheiro Adrian Agostini explicou que foi constatado o empenho de R$ 971 mil na obra, por meio de uma avaliação nos materiais utilizados e metragens, comparando com o preço descrito em planilhas. Já a contabilidade apontou que foram investidos R$ 1.086 milhão. “Os serviços estão muito bem feitos. O que encontramos foram muitos problemas de projeto, uma realidade de projeto muito deficiente. A pessoa que executou, a construtora, teve muita dificuldade na execução. Teve soluções que ela teve que adotar que não tem verificado em planilha”, argumentou.

Ele explicou que entre as irregularidades estão o aterro e a utilização do azulejo. “A quantidade de aterro tem valor na planilha e medimos valor menor no local. Já a quantidade de azulejo utilizada é o dobro que está em planilha e era necessário”, declarou. “Tem uma diferença de comunicação entre a planilha e o que está executado. Tem que ser revista essa situação. No relatório estão relacionados todos os serviços, têm alguns que estão a mais e outros a menos que na planilha”, acrescentou.

Estas diferenças serão analisadas pela comissão que investiga as obras e o relatório final será apresentado na próxima sessão, na segunda-feira, pela relatora Zuleica Mendes. A presidente Cleuza Navarini (PTB) declarou que alguns dos itens já tinham sido constatados pelos vereadores no local, como o aterro, em que foi apontada uma diferença de 130 cargas, o equivalente a cerca de R$ 8,5 mil, que não foram gastos na obra. “Vamos estudar o relatório com o técnico para chegaremos a uma conclusão. Ele constatou que dos R$ 1.086 milhão somente foram gastos R$ 971 mil, vamos descobrir agora onde está (a diferença). A contabilidade pública tem que ser exata”, explicou.

As investigações na obra foram solicitadas pela presidente Sinéia Abreu (PSDB), em fevereiro. A construção da nova sede iniciou na gestão do ex-presidente José Pedro Serafini (Pedrinho) e paralisada em dezembro. Sinéia declarou que vai aguardar o relatório final para tomar as medidas. “Esse relatório deve ser encaminhado para o Tribunal de Contas e se houver irregularidades estaremos constatando e também encaminhando para o Ministério Público. A princípio o TCE tem que tomar conhecimento porque foi feito uma licitação e gasto dinheiro público”, enfatizou.

No relatório apresentado pela engenharia constam três planilhas. Em uma o que foi gasto, relacionando materiais e preços. Na outra uma comparação com o que foi apontado na vistoria e apresentado pelas planilhas na gestão anterior, constatando a diferença de R$ 115 mil. A terceira também descreve o que ainda deve ser feito no prédio, baseada em valores atuais, e com sugestões de adaptações no projeto, que pode custar mais R$ 558 mil para a câmara.

“A mesa anterior não deve ter acompanhado exatamente como deveria acompanhar desde o começo, do encaminhamento do projeto e da confecção da planilha. Sentimos desde o início o problema na planilha, em que a obra de 2.050 metros quadrados, que foi licitada, constava apenas 1.800 metros”, concluiu a presidente. A nova sede foi licitada por R$ 1,160 milhão.

Outro lado
O ex-presidente José Pedro Serafini informou, por meio da assessoria, que deve se pronunciar após tomar conhecimento do relatório.

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