O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), candidato a reeleição, admitiu ontem que deverá se licenciar do cargo para se dedicar a campanha no segundo turno. “Vou discutir com o conselho político para definir o que é melhor para a nossa campanha”, enfatizou, assinalando que, pessoalmente, entende que seria importante manter-se afastado do comando do Palácio Alencastro.
“Nós vamos ter uma campanha dura pela frente e seria importante ter tempo para me dedicar integralmente a nossa reeleição”, ressaltou. Wilson Santos disse que a partir de hoje irá buscar ampliar a base de apoio, conversando, especialmente, com os partidos dos candidatos derrotados como o PP e o PSB.
Ele afirmou que, qualquer entendimento, será em cima do seu programa de governo. “As nossas propostas são inegociáveis”, advertiu. Indagado se iria buscar o apoio do DEM, liderado em Mato Grosso pelo senador Jaime Campos, o grande derrotado nessas eleições no Estado, Wilson Santos desconversou: “Só vamos definir amanhã (hoje) a nossa política de alianças”.
Independente disso, ele esbanjou otimismo, afirmando que a sua situação é confortável se comparada a mesma situação de 2004, quando se elegeu prefeito de Cuiabá no segundo turno. “Agora só preciso de 2% para vencer as eleições”, salientou, acrescentando que não irá mudar estratégia da sua campanha. “Espero ser vitorioso com no segundo turno com 55% dos votos”.
“Vamos continuar mostrando o que fizemos para Cuiabá e o que pretendemos fazer”, informou. Wilson Santos explicou ainda que resolveu atacar nos últimos programas eleitorais porque sofreu em 15 produzidos pelos seus adversários críticas duras e até de cunho pessoal. “Me chamaram de mentiroso”, reclamou.
Ele observou que apenas no 16º programa resolveu revidar das acusações que estava sofrendo. Wilson Santos disse também que prefere o enfrentamento “tete-a-tete” porque não será possível um candidato ficar ajudando o outro. “Acabou um jogar a bola para outro”, ressaltou.