Após o encontro com o PR, dirigentes peemedebistas minimizaram o impacto do estremecimento da relação entre o governador Blairo Maggi e o prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (PMDB). Carlos Bezerra chegou a classificar como infantilidade e erro político a decisão do correligionário em reclamar pela imprensa por supostamente ser preterido pelo Executivo.
“Não vejo assim (que Zé do Pátio seja prejudicado pelo governo. Isso é uma infantilidade e até um erro político. Além do mais, isso não tem que ser tratado pela imprensa. Ele tem o vice-governador Silval Barbosa para procurar no governo”, afirmou Bezerra, que pouco apoiou a eleição de Pátio contra o empresário Adilton Sachetti (PR).
Mesmo sendo no comando do PMDB um dos poucos aliados do prefeito de Rondonópolis, o deputado Adauto de Freitas, o Daltinho, também minimizou a importância da discussão. “Não vejo essa divergência de opinião como confronto. Os líderes partidários tem direito a ter uma opinião. O que é importante ressaltar é que poderemos caminhar junto na defesa de um projeto macro para 2010”.
Pátio alega que, depois de vencer Adilton Sachetti na disputa pela reeleição, teria começado a sofrer retaliações. Chegou até insinuar que as investigações do Ministério Público Eleitoral que resultaram na denúncia formal por compra de votos da qual foi alvo teria sido arquitetada pelo Palácio Paiaguás. As declarações de Bezerra, no entanto, não afetaram os aliados mais próximos aos prefeito, que foi inclusive sem apoio da cúpula do partido e sem qualquer apoio do vice-governador Silval Barbosa. Esse último foi a Rondonópolis poucas vezes durante a campanha, mas em nenhuma delas aceitou subir no palanque do correligionário.
Depois de procurar o PMDB, na próxima segunda-feira (9) os dirigentes do PR devem se reunir com a cúpula do PT. Na quinta ou sexta-feira, será a vez do PP.
