O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), anuncia, na próxima segunda-feira, às 15 horas, no Memorial das Águas, um pacote de 10 medidas com o objetivo de estimular a economia da capital mato-grossense. Ele está preparando, nesse fim de semana propostas que serão uma espécie de resposta aos efeitos da crise internacional que já estão sendo sentidos no país e no Estado.
Wilson Santos está desde ontem em Chapada dos Guimarães, reunido com todos os 23 secretários e os presidentes das autarquias e órgãos para definir os dez projetos e estabelecer uma rigidez maior no controle de gastos e, principalmente, no contigenciamento do orçamento. Cada um dos membros do “staf” está fazendo um raio-x da respectiva pasta e apresentando o planejamento estratégico para 2009, que é um esboço do contrato de gestão que será assinado por todos no final de fevereiro ou no início de março.
O secretário de Finanças, Guilherme Müller, por exemplo, disse que o seu sonho é ser um secretário de receita, tratando apenas da arrecadação, com cada integrante da equipe tendo a responsabilidade de gastar estritamente o que está definido no orçamento. “O orçamento não é, como muitos dizem, uma peça de ficção”, observou. Ontem, antes de cada secretário fazer a apresentação, foi definido, entre 20 propostas apresentadas, as 10 que serão anunciadas por Wilson Santos.
Uma das medidas a ser anunciada será a implantação do “vale-água”. O projeto, que ainda não foi detalhado, prevê a troca de lixo por água, beneficiando, segundo informações, as famílias de baixa renda. Wilson Santos vai anunciar também a introdução da Bolsa Universitária para 500 estudantes carentes.
Hoje a discussão será em torno de medidas para controlar e cortar gastos. A ordem é evitar dívidas novas, porque o cenário econômico/financeiro do pais é imprevisível. Ninguém sabe ao certo como o Brasil vai se comportar nos dois próximos anos em consequências dos efeitos da crise que assola os Estados Unidos, Europa e a Ásia.
Pelo sim, pelo não, Wilson Santos não pretende ser surpreendido com um cenário ruim e, por isso, pretende baixar medidas duras de caráter preventivo. A sua intenção é contigenciar o orçamento de 2009 pelo menos até início de maio, quando, acredita, se poderá ter uma idéia melhor da crise que o pais vai enfrentar.
