O jornalista da Folha de São Paulo, Josias de Souza, escreveu, em seu blog, que o senador mato-grossense de primeiro mandato, Pedro Taques (PDT), “prega no deserto”. A afirmação foi feita após o discurso inflamado, da tribuna do Senado, ontem, do pedetista sobre a relação entre poderes, principalmente, no que diz respeito as medidas provisórias enviadas à Casa pela presidenta Dilma Rousseff (PT).
Em seu discurso, Taques lembrou que desde o início do mandato no Senado Federal, não se faz outra coisa a não ser debater as medidas provisórias. E isso passa a impressão de que o legislativo é um “poder submisso”, o que afrontaria a independência dos poderes prevista na Constituição Federal. Com este posicionamento, o pedetista acredita que o Congresso virará um “batedor de carimbo” do Executivo.
Apesar de todo o discurso, o jornalista afirma que este tipo de reflexão é tão interessante quanto velha. “Egresso do Ministério Público Federal, o ‘neosenador” Taques toma contato com uma realidade que é velha como a Sé de Braga. Logo, logo o novato perceberá que prega no deserto. O Legislativo já provou faz tempo que, no Brasil, um Poder também pode cometer suicídio”, destacou o jornalista.
Medida provisória é um ato unipessoal da presidente, com força de lei, sem a participação do Poder Legislativo, que somente será chamado a discuti-la e aprová-la em momento posterior.
