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Apesar de ser o maior partido do Estado, DEM está longe do poder

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Levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que o DEM continua sendo o maior partido de Mato Grosso em número de filiados, apesar das derrotas nas últimas campanhas. A sigla conta com 53.058 filiações, o que representa 18,87% das pessoas que aderiram a alguma das 27 legendas devidamente registradas no Estado.

O maior número de filiados ao DEM reside em Cuiabá e Várzea Grande, mas o levantamento do TSE mostra que o partido está presente em todo o Estado. Com 26 prefeitos, 17 vices e 166 vereadores, a sigla mantém a liderança em Mato Grosso construída basicamente no tempo dos governos dos irmãos Jaime e Júlio Campos, atualmente senador e deputado federal diplomado.

O DEM viveu o auge político nas décadas de 80 e 90, quando ainda era registrado sob o nome de Partido da Frente Liberal (PFL). Desde 1995, quando deixou o Palácio Paiaguás, a sigla vem sendo coadjuvante no processo eleitoral. Só em 2003 retornou ao poder, mas participando da chapa que ajudou eleger o então governador Blairo Maggi (PR). Em 2007, também ajudou Maggi.

O ano de 2010 não foi nada bom para a sigla. Considerado como o pior marco para a oposição pelos próprios dirigentes nacionais do DEM, em Mato Grosso a história não foi diferente para os democratas. A legenda lançou o deputado estadual Dilceu Dal Bosco como candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), e amargou o terceiro lugar.

O DEM ainda teve reduzida a bancada de 3 para 2 deputados estaduais e perdeu a vaga de senador ocupada por Gilberto Goellner, que desistiu de tentar mais um mandato diante da falta de potencial eleitoral. Mesmo com a eleição de Júlio Campos para a Câmara Federal, a legenda saiu enfraquecia. Por isso, mira em 2012 para tentar se reerguer.

Investida – Júlio Campos afirma que o partido vai ter candidato nas principais cidades de Mato Grosso, como Cuiabá e Várzea Grande. Ele confirma que o interesse da sigla é filiar em Cuiabá o empresário Mauro Mendes, candidato a prefeito de Cuiabá em 2008 pelo PR e a governador pelo PSB em outubro passado. Já em Várzea Grande, o projeto é cooptar o deputado estadual Sérgio Ricardo, que tem atualmente base eleitoral em Cuiabá pelo PR, mas foi um dos mais votados na última campanha na cidade.

Para se reestruturar, o DEM deve ser conduzido a partir de fevereiro pelo deputado Dilceu Dal Bosco, que herdará o cargo do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e ex-deputado, Oscar Ribeiro. O parlamentar afirma que o partido precisa se reoxigenar, mas sem esquecer as lideranças que ajudaram a construir a agremiação, como Jaime e Júlio.

Dilemas – Um dos maiores dilemas que os democratas vivem no momento é se devem ou não aderir à base de apoio ao governador Silval Barbosa (PMDB). Dilceu afirma que a adesão pode levar à sociedade a imagem de que o partido é meramente fisiologista. “Temos que ver o que melhor para o grupo, mas não precisamos ter pressa para isso. As pessoas podem não entender muito bem uma decisão a poucos dias da eleição e pensar que estamos atrás de cargos no poder público”.

Além da derrota em 2010, o DEM sofreu com a infidelidade partidária. Muitos prefeitos se recusaram a apoiar a chapa Dilceu/Wilson Santos. A situação fugiu do controle ao ponto dos dirigentes abrirem mão de punir os infieis. A agremiação também passou por duras baixas em 2008. Perdeu com Júlio a disputa pela Prefeitura de Várzea Grande, cidade emblemática para sigla, pois é a base eleitoral da família Campos. Em 2004, também foi derrotada pelo prefeito reeleito Murilo Domingos (PR). Em Cuiabá, não lançou nenhum concorrente nos 2 pleitos.

PMDB – Segundo maior partido em Mato Grosso, o PMDB vive o melhor momento entre os chamados “grandes”. Depois de eleger o governador Silval Barbosa em outubro, o partido comandado sob “mão de ferro” pelo deputado federal Carlos Bezerra já fala em eleger pelo menos 40 dos 141 prefeitos em 2012.

O PMDB promete disputar pelo menos as prefeituras de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Alta Floresta. “Vamos lançar candidatos a prefeito nos maiores colégios eleitorais de Mato Grosso e esperamos que esse bom momento nos ajude nesse objetivo”, afirma Bezerra.

Filiações – O levantamento do TSE mostra que 281.059 pessoas são filiadas a algum dos 27 partidos do Estado. Isso representa praticamente 14% do eleitorado de Mato Grosso (2.094.105), de acordo com dados atualizados em novembro de 2010. Em comparação a 2002, quando eram 81 mil filiações, o número mais que triplicou.

Apesar do grande número de filiados, isso não significa que todos sejam militantes, pessoas que convivem no dia-a-dia partidário. O próprio DEM e PMDB sabem que grande parte das filiações só podem ser percebidas em momento de campanha, o maior de efervescência política nas agremiações.

Para ser filiado a algum partido, basta a pessoa cumprir determinadas imposições legais, enquanto a militância significa vivência dos ideais partidários e identificação com o conjunto de idéias representado pelas legendas.

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