O secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, permanece no comando da pasta em 2012. A decisão foi tomada em reunião entre ele e o governador Silval Barbosa (PMDB), no Palácio Paiaguás, com pedido para que Nadaf dê continuidade às ações à frente da área que apresenta resultados satisfatórios aos olhos do Executivo. "Posso lhe assegurar que nada muda na Sicme", frisou Silval Barbosa a respeito da possibilidade de troca de comando no setor. Com atenção direcionada as ações de contingenciamento do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o atual exercício, com estimativa média de R$ 500 milhões sobre o total de R$ 13,1 bilhões, Silval avisa que não promoverá alterações no staff, pelo menos não nesse momento.
O secretário, que cogitava deixar o posto, tem assim um campo ainda mais fortalecido para dar continuidade aos trabalhos que visam acelerar o desenvolvimento econômico de Mato Grosso. Partiu do próprio Nadaf a ideia de deixar a Sicme, no final de 2011, abrindo caminho para que membros da direção regional do PR, como o secretário-geral, deputado Emanuel Pinheiro, levantassem discussão interna para indicação de substituto. O perfil bem mais empresarial do que político de Nadaf ainda gera questionamentos entre líderes republicanos, que viam na saída dele a possibilidade de indicação de secretário com maior habilidade política.
Mas o empenho de Pedro Nadaf em relação à pasta e sua experiência no setor, se sobrepõe as críticas de membros do PR. E não é essa a opinião do governador, a respeito do trabalho desenvolvido pelo secretário. Ao contrário, Silval vê em Nadaf um de seus principais aliados do staff para assegurar os projetos desenhados para 2012. O secretário evita comentar o assunto, preferindo negar conversas com Silval sobre mudança de posto. "Não conversamos nada nesse sentido, apenas questões relacionadas à secretaria", resumiu, evitando mais comentários.
O secretário, que participa diretamente de decisões de cúpula do Estado, chegou a ter o nome aventado para assumir pastas como a de Planejamento e ainda de Fazenda. Mas refutou totalmente a chance de comandar a Secretraia de Fazenda, em razão de sua ligação com o setor comercial e industrial de Mato Grosso, que poderia colocá-lo em situação de saia-justa com os representantes dos segmentos.
Nos últimos dias, Nadaf tem se dedicado a montar extenso diagnóstico sobre os incentivos fiscais concedidos pelo governo para atração de novos investimentos. O tema, que é ponto de polêmica na Assembleia Legislativa, coloca o secretário em quadro positivo, já que os próprios parlamentares reconhecem o esforço dele para repassar as informações. Mas o assunto volta ao palco de debates em fevereiro, no retorno dos trabalhos parlamentares, no Poder Legislativo, sob o crivo de deputados como Dilmar Dal Bosco (DEM) e Percival Muniz (PPS).
