O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia, esta semana, contra o deputado federal Júlio Campos (DEM). Ele é acusado de uma suposta participação nos assassinatos do empresário Antônio Ribeiro Filho e do geólogo Nicolau Ladislau Ervin Haraly. Os crimes ocorreram em 2004, no Guarujá, no litoral de São Paulo.
De acordo com o MPF, ele seria o mandante dos crimes, supostamente para se apropriar de terras como grande incidência de pedras preciosas, no Estado. O inquérito aponta que os assassinatos teria ocorrido para ocultar a transferência da propriedade do empresário para dois laranjas. A transferência, de acordo com o MPF, teria sido fraudada.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai analisar o caso, devido ao foro privilegiado que o parlamentar tem.
Ao MidiaNews, o advogado do parlamentar, Paulo Fabrinny Medeiros, afirmou que está tranquilo quanto às acusações feitas. “São acusações infundadas porque nunca houve qualquer tipo de desentendimento entre Júlio Campos e as vítimas”.
Ainda segundo o advogado, o deputado era amigo de Antônio Ribeiro, uma das vítimas, e nunca houve brigas por causa de terras em Mato Grosso. “Mesmo porque essa área em questão abriga um Parque Nacional e um Parque Estadual e foi o próprio Júlio Campos quem fez a doação das terras”, observou.


