O senador Jayme Campos (DEM) admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de disputar o comando da Prefeitura de Várzea Grande, em 2016. A declaração do parlamentar, em entrevista à Rádio CBN, ontem, foi recheada de críticas à gestão do prefeito Walace Guimarães (PMDB). “Várzea Grande virou quase uma cidade ingovernável. Até minha gestão, as receitas eram saudáveis, tinha dinheiro para as ações básicas como escolas e Pronto Socorro. De lá pra cá o município foi a bancarrota”, disparou Jayme.
A análise do senador é um claro sinal de que ele está tomando gosto pela ideia de correligionários de que deve encabeçar chapa majoritária no próximo pleito municipal. Por enquanto, prefere lembrar que o assunto ainda precisa passar por debates no partido e que devem ser apresentados outros nomes. Frisou ainda que um candidato com perfil sério contaria com seu apoio. Na legenda, os planos apontam para a construção do projeto político do parlamentar para retornar à chefia da cidade.
No discurso, Jayme não poupa a atual equipe administrativa, isto é, o prefeito Walace Guimarães. “A cidade não tem credibilidade. A prefeitura foi invadida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), pelas práticas de ilícitos, que são constantes. Tem mais de 25 denúncias encaminhadas pelo Ministério Público”, alfinetou.
Destacou ainda que “o futuro a Deus pertence”, em menção às eleições de 2016. O senador fez questão de frisar que o município perdeu a referência. “Infelizmente, meteram os pés pelas mãos”, cutucou.
Jayme foi eleito em 1982 pela primeira vez prefeito de Várzea Grande pelo então PDS. No extinto PFL, hoje DEM, foi eleito governador do Estado em 1990. Seis anos depois, reassumiu a prefeitura do município para o segundo mandato, sendo reeleito nas eleições de 2000. Em 2006, foi eleito senador da República com 61% dos votos válidos.
