Por falta de quórum, a sessão noturna da Assembleia Legislativa hoje foi suspensa pelo deputado estadual José Riva (PSD). Essa seria a primeira sessão que o pessedista iria presidir após ter conseguido suspender no Superior Tribunal de Justiça (STJ) seu afastamento das funções administrativas na Presidência da Casa.
Na sessão, seriam escolhidos os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará um suposto esquema de sonegação fiscal operado pelo produtor rural Eraí Maggi (PP) por meio da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat).
No painel eletrônico, 8 deputados tinham confirmado presença, mas quando Riva foi até o plenário teriam apenas 3 parlamentares. Ele esperou alguns minutos e decidiu “levantar” a sessão, termo utilizado na Casa para dizer que a sessão não foi realizada por falta de deputados em plenário.
Depois do encerramento, começaram a aparecer vários deputados no plenário. Alguns deles mostraram descontentamento com a atitude de Riva. Wagner Ramos (PR) alegou que nunca se atrasou e nem faltou a uma sessão, mas dessa vez estava realizando um atendimento em seu gabinete. Quando se dirigiu para o plenário soube da decisão de “levantar” a sessão.
O republicano enfatizou que não aceita imposição pois, segundo ele, é preciso haver diálogo para isso. O democrata Dilma Dal' Bosco também mostrou insatisfação e teceu críticas à decisão de José Riva.
No caso de José Riva, ele decidiu que só vai comandar a parte legislativa e seguirá presidindo as sessões até o término da atual legislatura enquanto a parte administrativa seguirá sob responsabilidade do peemedebista Romoaldo Júnior. Para Riva, não compensa reassumir todas as funções diante do curto período que resta para encerrar a legislatura.
