O segundo suplente do senador Pedro Taques (PDT), empresário sinopense Paulo Fiúza (PV), vem tentando acelerar a tramitação do processo no qual pleiteia o cargo de primeiro suplente. Ele já conseguiu uma determinação para que o caso seja tratado como prioridade, uma vez que ele tem mais de 60 anos e é considerado idoso.
A expectativa da defesa, sob o advogado Marcelo Segura, é que o julgamento ocorra ainda neste ano, antes da possível nomeação do substituto de Taques no Senado, caso este seja eleito governador de Mato Grosso. “Diante dos elementos documentais que reunimos no processo, ele já pode ser levado para julgamento a qualquer momento. Só depende do relator”.
A defesa sustenta possuir provas robustas de que é falsa a ata em que Fiúza aparece como segundo suplente e José Medeiros (PPS) como primeiro. Entre os elementos reunidos estão materiais da campanha eleitoral de 2010, segundo o advogado.
“Toda a propaganda apresentava o Fiúza como primeiro suplente, tanto é que só fomos descobrir que ele não era no dia da eleição, porque vimos na urna. Mesmo assim, naquele primeiro momento, ainda achávamos que seria um equívoco. Só depois que fomos descobrir a fraude”.
O advogado esclarece, todavia, que o objetivo da ação é exclusivamente trocar a posição dos suplentes, ao contrário do pleiteado em um outro processo, já arquivado, movido pelo ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT). O petista também alegava fraude na ata, mas pedia a cassação do mandato de Taques.
“O nosso processo não afeta de forma nenhuma o mandato do senador Pedro Taques, nem o mandato do eventual suplente que o substituirá, se ele for eleito”.
