
Para alguns membros da comissão, entre eles o próprio Oscar, Taborelli é quem deve presidir as investigações, já que ele foi indicado para ocupar a vaga que inicialmente foi oferecida ao deputado José Domingos Fraga (PSD), primeiro escolhido para comandar os trabalhos, mas que abriu mão de sua indicação. O deputado do PV, no entanto, já teria sido condenado em ações movidas pelo Ministério Público em duas instâncias, ao passo que outros parlamentares também são investigados pelo órgão, mas não acumulam decisões de segundo grau. A preocupação seria com a possibilidade já anunciada pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, de o MPE questionar a composição da CPI junto ao Tribunal de Justiça.
Wilson, por sua vez, não tem o apoio de colegas que não querem que a CPI fique “inteira na mão do governo”. Isso porque ele é líder da gestão Pedro Taques (PSDB) no Parlamento e o relator sobre quem já há consenso, Leonardo Albuquerque (PDT), é vice-líder. “É até uma forma de preservar o governo sobre essa questão”, argumenta Oscar, que é um dos que não concordam com a indicação do tucano ao cargo de presidente.
De acordo com o socialista, uma alternativa já teria sido oferecida pelo deputado Leonardo, que abriu mão da relatoria para contemplar Taborelli ou Wilson. Nenhum dos dois, todavia, teria aceitado deixar a presidência das investigações. Enquanto isso, Oscar, José Carlos do Pátio (SD) e o próprio Leonardo se sentem impedidos de assumir o cargo por já presidirem outras CPIs em andamento na Assembleia e que só devem ser concluídas em março.


