
Faiad confirmou que, nesta segunda-feira, será protocolado no Superior Tribunal de Justiça, pedido habeas corpus e será alegada "falta de fundamentação (para mantê-lo preso), que a prisão não é necessária uma vez que Silval sempre se colocou a disposição da justiça, sempre protocolou informações necessárias, e nunca foi chamado para ser ouvido sobre esse inquérito". Ainda segundo o advogado, "não há, no inquérito, nenhuma acusação contra ele. O delator não acusa Silval".
Faiad considerou que a decisão do desembargador Alberto de Souza, que manteve Silval Barbosa preso, foi influenciada pela repercussão de uma conversa telefônica grampeada pelo GAECO (Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado) onde o ex-governador falava, com o desembargador Marcos Machado, sobre a liberdade de sua esposa, Roseli, que havia sido presa, mês passado, acusada de envolvimento em esquema de desvio de R$ 8 milhões da Secretaria de Trabalho e Emprego."O áudio dessa conversa, sobre outro caso, que não tem a ver nada com esse, influenciou na decisão", afirmou.
Além de Silval, estão presos o ex-secretário da Casa Civil no governo Silval – e presidente da Fecomércio- Pedro Nadaf, o ex-secretário de Fazenda Marcel Cursi, o procurador aposentado do Estado, Francisco Lima (Chico Lima). O GAECO acusa Chico de "lavar o dinheiro da propina'. Em uma das transações, feita em factoring, seriam R$ 500 mil. O empresário João Batista Rosa, do grupo Tractor Parts, que delatou o esquema, aponta que, entre 2011 e 2014, pagou R$ 2,6 milhões de propina ao grupo.
(Atualizada às 08:32h em 21/9)


