
O afastamento da presidência foi decidido pela juíza da comarca de Nova Mutum, Myrian Pavan, que ainda decretou a indisponibilidade de bens dele no valor de R$ 24 mil. Ela aceitou parcialmente o pedido de liminar do Ministério Público Estadual, que denunciou a suposta compra de apoio feita por ele, do ex-presidente e hoje vereador Itor Pires de Camargo (PSD), nas eleições para a presidência do legislativo (biênio 2015/16).
“Na minha eleição obtive 7 votos favoráveis e outros 2 contra. Um desses contra também tinha intenção de ser candidato a presidente, mas ele não conseguiu apoio, o vereador Renatinho (Renato Rodrigues da Silva Junior-PSD). Acho que ele se sentiu triste e fez essa denúncia. A perseguição política, a inveja, fazem parte da política”, atacou.
Leomário disse que aguarda ser notificado para entrar com pedido de liminar e não deixar o cargo. “Gostaria de pedir desculpas aos munícipes sobre o inequívoco que está acontecendo com minha pessoa. Desculpas a eles que me deram o voto de confiança”.
O MPE também havia entrado com pedido de afastamento de Ito, o que foi negado pela justiça. Segundo o promotor Leandro Volochko, o argumento apresentado pelos vereadores para justificar a emissão das notas promissórias, de que teriam realizado a compra e venda de um carro, não foi convincente. Justificou, à época da denúncia, por meio de assessoria, que o preço médio dele é R$34.120 conforme Tabela FIPE, e argumentou que o negócio acaso fosse verídico não seria vantajoso a Leomário, que iria pagar uma diferença de aproximadamente R$ 14 mil a mais. Sustentou ainda que a parcela mensal que teria sido acordada na negociação corresponde a mais de 50% dos vencimentos de um vereador em Santa Rita.
Outro lado
Só Notícias tentou contato com vereador Renatinho, contudo, as ligações não foram atendidas na câmara.


