
Apenas os deputados estaduais Emanuel Pinheiro, que foi relator da CPI, e Ondanir Bortolini, o Nininho (ambos do PR), foram contrários à aprovação. O relatório de Emanuel pedia o arquivamento das acusações sem a aplicação de qualquer tipo de sanção aos investigados. O argumento utilizado pelo republicano foi o de que, diante do curto prazo destinado à apuração das denúncias e da não realização das oitivas com os quatro diretores da Cooamat convocados a prestarem esclarecimentos aos deputados, a CPI não conseguiu reunir provas ou mesmo indícios de que o esquema de sonegação de fato existisse.
O texto do republicano, no entanto, só recebeu apoio do relator-adjunto, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), dentro da Comissão. Por três votos a dois, os parlamentares que compuseram a CPI aprovaram o voto de Riva, que se apresentou completamente oposto ao relatório de Emanuel.
O pessedista afirma indícios de que o grupo Bom Futuro, propriedade do empresário Eraí Maggi (PP), vem se beneficiando dos incentivos fiscais concedidos exclusivamente ao sistema de cooperativismo porque a Cooamat, da qual o progressista é um dos cooperados, estaria funcionando como empresa de fachada para os negócios do grupo.
Com a aprovação em plenário, o voto de Riva será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE), onde já existe um inquérito apurando as mesmas denúncias feitas pelo próprio deputado.


