O presidente da Fifa, Joseph Blatter, confirmou na tarde desta quarta-feira, em uma solenidade no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, que a Copa do Mundo de 2014 no Brasil terá 12 cidades como sede.
Inicialmente, a entidade máxima do futebol mundial queria que apenas dez locais recebessem o evento, mas, após pedido da CBF, aceitou aumentar o número. A definição das 12 sedes do Mundial deve sair em um ano – 17 cidades brigam pelas vagas (São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Rio Branco, Manaus, Belém, Salvador, Recife, Natal e Fortaleza). Maceió também fazia parte da lista, mas não apresentou a documentação a tempo e foi eliminada da disputa.
“Poder organizar a Copa do Mundo de 2014 em um país tão futebolístico finalmente depois da Copa de 1950 é uma honra. O Brasil é mais que um país, é um sub-continente, e terá a oportunidade de representar a Copa em 12 sedes”, anunciou Blatter.
O dirigente suíço ainda elogiou a recepção que teve no Brasil e já previu o sucesso do evento que o País receberá em cerca de cinco anos. “Em um momento de crise mundial, são necessárias emoções e nada melhor que o futebol. A Fifa continuará trabalhando para dar à Copa a trajetória que um país como o Brasil merece”, prometeu.
Além de Blatter, compareceram à solenidade desta quarta-feira o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o governador José Serra, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, Pelé, os presidentes da FPF, Marco Polo del Nero, e do São Paulo, Juvenal Juvêncio.
Serra reiterou que São Paulo tem a intenção de receber a abertura do Mundial e aposta que o Rio de Janeiro organizará a final. “O Maracanã tem uma dívida, que vem da Copa de 1950, e o encerramento da Copa deve ser lá. São Paulo segue pleiteando a abertura, mas nada está definido”, explicou.
Para o Rei do Futebol, o local que receberá a primeira partida da Copa não é importante. “Para os jogadores da seleção não há diferença, só para os governantes. Acho que mais importante do que sediar a abertura é trabalhar para organizar um bom Mundial”, ressaltou.
Quem também esteve no Palácio dos Bandeirantes foi o governador do Amazonas, Eduardo Braga. Informações de bastidores dão conta que Manaus, capital do estado, briga com Belém do Pará por uma vaga destinada à sede da Copa do Mundo da região Norte do País.
Se depender do apoio de José Serra, a capital amazonense pode começar a celebrar sua inclusão no seleto grupo das 12 cidades escolhidas como sedes do Mundial no Brasil. “Tem que haver ao menos uma sede do Norte e acredito que Manaus é ideal para isso”.
A comitiva presente ao almoço no Palácio dos Bandeirantes deixou a sede do governo paulista e seguiu para o Museu do Futebol, localizado no estádio do Pacaembu, onde fará uma rápida visita às relíquias expostas no local desde o final de 2008.
