O América-MG não tomou conhecimento do desespero da Portuguesa e superou a Lusa por 3 a 1, em jogo realizado neste sábado, no estádio Independência. O revés aumenta o jejum de vitórias da representação rubro-verde para dez jogos, o que coloca a equipe cada vez mais perto do rebaixamento para a Série C do Brasileiro.
O Coelho soube atuar com mais inteligência para construir o marcador. Logo no começo da partida Tchô abriu os trabalhos completando cruzamento de Raul. No segundo gol, Tchô tabelou com Gilson, que teve calma para tocar na saída do goleiro. Na etapa final, Obina fez o terceiro e Serginho marcou o gol de honra da Lusa. Com o resultado, o time de Belo Horizonte chega aos 41 pontos e ainda sonha com o acesso. Já o esquadrão paulistano segue estacionado nos 21 pontos, figurando na lanterna isolada da Série B.
Na sequência da Segunda Divisão, o América-MG terá compromisso contra o Paraná Clube, duelo marcado para a próxima sexta-feira, na Vila Capanema. Já a Portuguesa segue na árdua tarefa de escapar da degola, e recebe a Ponte Preta, no próximo sábado, no Canindé.
O jogo – Atuando em casa, o América-MG procurou agredir desde o início do jogo, e foi premiado com está postura. Aos quatro minutos, Raul chegou bem à linha de fundo e cruzou com perfeição para Tchô, que completou para as redes, abrindo o placar e levando o torcedor à loucura nas cadeiras do Horto.
O gol do América-MG no começo da partida fez bem para o jogo, que ganhou em dinamismo. Em situação desesperadora, não restou alternativa para a Portuguesa se não perseguir o ataque para buscar o empate e a virada. Com isso, o duelo ficou aberto, com enormes espaços para os jogadores de criação e para os contra-ataques.
De forma consciente, o Coelho recuou um pouco suas peças ofensivas, chamando os visitantes para o campo ofensivo na clara tentativa de roubar uma bola e encaixar um contra-ataque. Com essa nova configuração, a Portuguesa teve o domínio estéril da posse de bola, ao passo que os americanos correram poucos riscos.
Com pouca inspiração, o time de Vagner Benazzi encontrou dificuldades para concluir as jogadas. Nas melhores chances, a Lusa conduziu a bola até a entrada da área, mas com os zagueiros mineiros levando vantagem em cima dos atacantes da Portuguesa. Preocupado, o treinador da equipe visitante passou a cobrar mais movimentação do time, que não atendeu aos pedidos.
O castigo veio aos 27, com o América-MG encaixando ótima trama ofensiva. Tchô tabelou com Gilson, que apareceu livre na cara do goleiro Rafael Santos, tocando no canto esquerdo para dilatar o marcador no Independência. A Lusa sentiu o segundo gol dos donos da casa, e os erros começaram a ficar mais visíveis, dando chance ao Coelho de ampliar.
Na volta para a etapa final, o Coelho diminuiu o ritmo, passando a cadenciar mais o duelo, enquanto a Lusa foi para o tudo ou nada, atacando até de forma atabalhoada em alguns momentos, mostrando que falta qualidade. Mesmo com os visitantes atacando muito, o América-MG se mostrou bem organizado para conter os avanços.
Em um dos poucos espaços que a Lusa encontrou, Serginho apareceu livre na área, mas finalizou no travessão de João Ricardo. Na volta, o goleiro americano dividiu com o atacante da equipe paulista e levou a melhor, evitando o gol do time de Benazzi. Na tentativa de reagir, os jogadores da Portuguesa ficaram em impedimento várias vezes, facilitando a vida dos zagueiros do América-MG.
Nos últimos 15 minutos, o Coelho se contentou com o placar e trocou um armador por um volante, passando a valorizar cada jogada para ganhar tempo. A luta da Portuguesa acabou surtindo efeito aos 40, quando Gabriel Xavier arrancou pela esquerda e deu assistência para Serginho finalizar cruzado diminuindo o marcador no Horto. Ainda teve tempo para, aos 45, Obina fechar o placar colocando fim nas chances de reação dos visitantes.