A escola estadual José Aparecido Ribeiro, a maior da cidade, com cerca de 1.500 estudantes, também está enfrentando problemas com falta de professores devido a impossibilidade de contratação até dezembro, devido as restrições da lei eleitoral. A informação foi confirmada, hoje, pela coordenadora da instituição, professora Angelina Tavela. As escolas da rede estadual Virgilio Correa Filho e Padre Johannes também teriam problemas.
Na José Aparecido, 4 professores pediram exoneração depois do dia 03 de julho. “Fizemos um remanejamento, mas ainda faltam dois e, em determinados dias, algumas turmas estão sem aula”, explicou Angelina. Na Virgilio Correa, os dois professores articuladores foram para salas de aulas. Já a Padre Johannes, está com apenas uma coordenadora, fazendo 60 horas para cobrir a vaga de outroprofissional, além de não ter técnico para o laboratório de informática.
Além do transtorno causado, a presidente do Sintep local, Eliane Tilvtz, aponta que os alunos do 3º ano são os principais prejudicados, pois “eles vão fazer o Enem, no final do ano, e estão sem professores”, disse. Segundo ela, caso não seja apresentada uma solução, Nova Mutum, a exemplo do que já está programado em outras cidades, realizará uma manifestação em frente à Promotoria de Justiça, na quarta-feira, dia 25. “Entendemos que a educação está no rol de serviços públicos essenciais e que sua descontinuidade acarreta prejuízos à sociedade”, afirmou.
Eliane destaca que o Sintep não vê a situação como fruto de um erro de programação da Seduc. “Determinadas situações não tem como serem previstas, principalmente se relacionadas à saúde”, falou. Extra-oficialmente, tem-se a informação de que o Estado precisaria contratar cerca de 300 profissionais para substituir os que estão de licença médica, férias ou afastados por outros motivos.
Conforme Só Notícias já informou, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos Ribeiro, vai submeter ao plenário da corte o pedido emergencial para contratar professores nas escolas estaduais, em diversas cidades de Mato Grosso, onde alunos estão sem aulas por falta de profissionais. A decisão deve sair em uma semana.
(Atualizada às 13:52h)