Uma das espécies mais emblemáticas e ameaçadas da Amazônia brasileira, o macaco-aranha-da-cara-branca (Ateles marginatus), é o foco de uma pesquisa científica que vem ganhando destaque nacional por integrar conservação ambiental, ciência aplicada e turismo sustentável. O estudo é conduzido pela bióloga e mestranda da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Fabrícia Dias Santana, sob orientação do professor Gustavo Canale, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Sinop, e está sendo desenvolvido na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Cristalino, em Alta Floresta.
O trabalho, recentemente destacado pelo site especializado O Eco, investiga aspectos do comportamento, da ecologia e dos impactos da presença humana sobre o Ateles marginatus, espécie endêmica da Amazônia e atualmente classificada como ameaçada de extinção. A pesquisa ocorre em uma das áreas mais preservadas do norte de Mato Grosso, reconhecida tanto pela riqueza da biodiversidade quanto pela atuação consolidada em conservação e turismo de natureza.
Segundo o professor Gustavo Canale, que há anos atua na conservação de primatas amazônicos, o estudo é estratégico para a proteção da espécie. “O macaco-aranha-da-cara-branca exerce um papel ecológico fundamental, especialmente como um dos principais dispersores de sementes da floresta, contribuindo diretamente para a regeneração e manutenção dos ecossistemas amazônicos”, disse.
Além de gerar dados científicos essenciais para subsidiar políticas públicas e ações de conservação, a pesquisa também tem reflexos positivos no fortalecimento do ecoturismo na região. Os grupos de macacos-aranha, gradualmente habituados à presença humana por meio de um monitoramento rigoroso e responsável, passaram a ser um dos atrativos do turismo de observação de fauna na RPPN do Cristalino.
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