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Sinop: idoso é picado por jararaca e médico confunde cobra com outra inofensiva em UPA

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Só Notícias/Ana Dhein (fotos: reprodução)

O biólogo e conservacionista, Gustavo Figueirôa, relatou hoje um caso de negligência médica que ocorreu neste final de semana na UPA de Sinop, após um idoso de 78 anos ser mordido por uma jararaca-caiçara (bothrops moojeni) buscar por atendimento. O médico teria afirmado, mesmo verificando a imagem, que se tratava de uma papa-pinto, uma serpente inofensiva.

Segundo Gustavo, a serpente é do gênero das jararacas e é muito peçonhenta. “Existe soro, basta você procurar o hospital mais próximo e, se o hospital não tiver soro, ele te encaminha para um que tenha. Pois bem, aí está o problema. Eles (idoso acompanhado de familiares) foram à UPA, falaram com o médico, mostraram a foto da cobra e o próprio médico tentou convencer o senhor de que aquela cobra era uma papa-pinto, uma serpente inofensiva e não peçonhenta.”

Ainda conforme o relato do biólogo, o médico não sabia identificar o animal, e seu “achismo” no momento do atendimento poderia ter custado a vida do paciente. “O médico disse que aquela jararaca era uma papa-pinto, ou seja, uma serpente que não tem peçonha. Falou para o senhor que ele podia ficar tranquilo, que não precisava fazer nada, que era uma cobra inofensiva. Por sorte, essa amiga estava falando comigo e eu respondi rápido no WhatsApp. Falei para ela correr e pedir para ele ser transferido para um hospital que tivesse o soro antibotrópico (para jararacas), que é o antídoto para este tipo de acidente.”

O idoso foi transferido para o hospital regional, onde recebeu os devidos cuidados. “Os médicos não têm obrigação de saber qual a espécie da serpente, mas eles com certeza têm obrigação de contatar um profissional que entenda do assunto para dar esse veredito para ele. Pode ligar para o hospital Vital Brasil, pode falar com biólogos conhecidos, mas não falar uma coisa com certeza, sendo que ele não entende nada do assunto”.

Ao Só Notícias, a filha do idoso relatou que, apesar do susto, ele recebeu alta na tarde desta segunda-feira. “Graças a Deus, a cobra não chegou a pegar com as presas firmes, e como ele limpou o local, não dava para ver (o local da mordida) porque ele tem muitas pintas e a mão dele é grossa, mão de quem trabalha no sol, não dava pra ver onde pegou as presas. Só que até então nós não temos esse entendimento, então não temos como saber. Saímos do regional, mas pediram para ficarmos observando ele, se tiver confusão mental, febre, começar a aparecer manchas roxas na pele.”

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