A Polícia Civil confirmou a prisão de mais dois suspeitos de envolvimento no homicídio da cozinheira Inglidy Suhian da Silva Fernandes, de 31 anos, executada a tiros em uma balsa no rio São Benedito, região do Garimpo São Benedito, município de Jacareacanga (PA), próximo à divisa com Apiacas, no dia 25 do mês passado. Com as novas prisões, o número de envolvidos capturados sobe para três. O principal executor já havia sido preso anteriormente, no último sábado, em Sinop.
Ambos foram presos em flagrante ainda no domingo (9), 15 dias após o homicídio, quando retornavam da região dos rios. Segundo os policiais, eles portavam armamento pesado, incluindo revólver calibre .38, espingarda calibre 16 com numeração suprimida, munições e balaclavas, além de estarem acompanhados de outros três integrantes de uma organização criminosa.
Já na delegacia, a formação do grupo, quatro membros de um grupo criminoso e um indígena, chamou a atenção do delegado de Paranaíta, Matheus Oliveira, que os interrogou e dois deles confessaram a participação no homicídio de Inglidy. Segundo as investigações, conduzidas, um dos dois novos presos é o piloto da embarcação que transportou os executores até o local do crime. Durante interrogatório policial, ele confessou ter sido contratado por integrantes de uma facção criminosa para conduzir a embarcação, mediante promessa de pagamento.
Em seu depoimento, segundo a polícia, ele detalhou todo o trajeto percorrido e a dinâmica da execução. O outro investigado também estava presente na embarcação durante toda a ação criminosa, caracterizando participação no crime em concurso de pessoas.
O crime ocorreu no dia 25 de outubro, por volta das 16h30, em uma balsa localizada no Rio São Benedito, onde a vítima trabalhava como cozinheira. Três homens chegaram à balsa de barco, abordaram a vítima e efetuaram aproximadamente 20 disparos de arma de fogo contra ela. Os criminosos fugiram levando dois aparelhos celulares da vítima.
As investigações apontaram que a execução está relacionada a disputas territoriais entre facções criminosas rivais que atuam na região dos garimpos. O caso foi investigado pela Delegacia de Paranaíta, pois, devido à cidade ser região limítrofe, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que, mesmo sendo no Pará, o Sul de Jacareacanga fica a cargo da Delegacia de Paranaíta, da Polícia Civil de Mato Grosso.
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