O senador Jayme Campos (União) defendeu, em pronunciamento no plenário do Senado, a isenção do Imposto de Renda para todos os aposentados. A proposta foi apresentada logo após a aprovação do projeto de lei que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil mensais e reduz alíquotas para salários de R$ 5 mil até R$ 7.350.
O parlamentar argumentou que tributar os aposentados significa “penalizar quem já deu tudo pelo país” e vive uma fase da vida com custos elevados, especialmente com saúde. Mais cedo, em plenário, ele discutiu o assunto com o senador Paulo Paim (PT-RS), que também defende os aposentados.
Ao enaltecer o projeto da isenção aprovado por unanimidade, o senador mato-grossense convocou os demais senadores dizendo que “a justiça tributária não pode parar por aí”. Segundo ele, é profundamente injusto cobrar Imposto de Renda de quem já contribuiu a vida inteira e não tem mais como aumentar os seus rendimentos. “É justamente nessa fase em que disparam os gastos com saúde, medicamentos, cuidadores, alimentação” – afirmou. Ele destacou que a proposta de estender o benefício a todos os aposentados tem “apelo social, justiça e lógica econômica”, declarou, através da assessoria.
Jayme também afirmou que “os aposentados não são privilegiados; são cidadãos que já pagaram sua parte e agora enfrentam despesas crescentes para sobreviver com dignidade” e ressaltou que a proposta deve ser implementada com “responsabilidade fiscal”, incluindo correções e “as devidas compensações necessárias” para preservar o equilíbrio das contas públicas.
O senador criticou o que chamou de sistema tributário brasileiro “altamente regressivo”, que, segundo ele, cobra mais de quem consome e menos de quem acumula riqueza. Ele citou a falta de reajustes adequados na tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) como um fator que tem “penalizado a classe média e os trabalhadores assalariados”. “Essa faixa de renda abrange milhões de brasileiros que sustentam suas famílias com esforço e dignidade e que, muitas vezes, são justamente os que mais sofrem com o custo de vida, a inflação alta e a carga de consumo”, disse.
A informação é da assessoria.


