Mato Grosso completou quatro meses consecutivos de queda no número de focos de calor registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/BD Queimadas), desde 1998. O Estado apresentou uma redução de 77,6% em relação à média histórica registrada pelo instituto. Entre julho e outubro, foram 7.043 focos de calor, enquanto a média histórica para o período é de 31.428 focos. Os números registrados em 2025 são menores que os observados em 27 anos de monitoramento realizado.
De acordo com o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), tenente-coronel BM Rafael Ribeiro Marcondes, o índice evidencia que a aplicação correta dos investimentos no combate aos incêndios florestais tem gerado resultados concretos. O diferencial, segundo ele, está na constância e na qualidade da presença das equipes em campo.
“Embora a percepção geral da população seja de um ano mais chuvoso, os dados meteorológicos indicam que 2025 registrou precipitação abaixo da média histórica para o período de 1998 a 2025. Dessa forma, a redução dos focos de calor não se deve exclusivamente ao clima, mas sim ao conjunto de ações estratégicas implementadas no Estado. Não agimos apenas no momento crítico. O foco está no ciclo completo da gestão do fogo: prevenção, preparação, resposta e responsabilização. E os resultados mostram que essa postura funciona”, disse.
Ainda segundo o comandante, a integração institucional, a partir das ações planejadas, monitoramento contínuo e respostas rápidas, além da conscientização e da adoção de atitudes responsáveis por parte da população, contribuíram para o cenário obtido. Somente em 2025, foram mais de 800 horas de voo em operações aéreas de combate e reconhecimento, além de centenas de ações terrestres executadas por forças integradas estaduais, com apoio da sociedade civil e, principalmente, do produtor rural e setor produtivo.
“O desafio ainda não terminou. O Corpo de Bombeiros Militar permanece em operação, com equipes mobilizadas em todo o território estadual. Nosso compromisso vai além de apagar incêndios. É proteger vidas, garantir equilíbrio ambiental e mostrar que com estratégia, união e ciência, e principalmente integração é possível virar esse jogo”, conclui o tenente-coronel Marcondes.
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