O primeiro relógio solar do município está em fase final de construção em frente à Biblioteca da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Campus Sinop. Coordenado pelo professor do curso de Física, Éverton Botan, o projeto foi desenvolvido com a colaboração de acadêmicos, servidores e docentes.
Além de marcar as horas pela posição do sol, o equipamento servirá como instrumento didático para a licenciatura em Física e como ponto de encontro para atividades de extensão, como o projeto De Olho no Céu. A iniciativa também homenageia o professor Felício Guilardi Junior, referência na área e falecido em 2023. “O relógio solar é uma forma de perpetuar o legado do professor Felício, que sempre incentivou experimentos de observação do céu e aproximava os alunos da prática científica”.
O relógio foi projetado para ficar alinhado ao norte geográfico, possibilitando a observação da diferença entre norte magnético e geográfico — cerca de 20 graus em Sinop. O espaço permitirá que estudantes compreendam, na prática, conceitos de astronomia e física, como orientação espacial, projeção de sombras e cálculo de ângulos solares.
A construção envolveu diversas turmas do campus em um mutirão coletivo. Alunos, professores e até uma turma de Agronomia participaram da fundação e nivelamento do terreno. O projeto recebeu R$ 10 mil de financiamento do edital de extensão de 2024, valor utilizado na compra de materiais e concreto. As demais etapas foram realizadas com recursos reaproveitados da própria universidade.
Segundo Botan, este é o primeiro relógio solar da cidade, o que torna o espaço um marco científico e simbólico para a UFMT. O projeto prevê ainda a criação de um site vinculado ao Observatório Virtual de Mato Grosso (OVMT), com informações e curiosidades sobre o funcionamento do relógio.
A inauguração está prevista para os próximos meses, integrando o novo espaço às atividades de ensino e divulgação científica. “O relógio é um símbolo da união entre ciência, educação e memória, e deve inspirar futuras gerações de alunos e professores”.
As informações são da assessoria da UFMT.
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