Professores, técnicos, merendeiras e demais profissionais da educação na rede municipal em Guarantã do Norte iniciam greve por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (30), em 14 escolas. Os 460 profissionais exigem a recomposição salarial de 7% pelas perdas inflacionárias e a recomposição da inflação, que não ocorre há 8 anos. O piso salarial da categoria é de R$ 1.175.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso diz que a paralisação se tornou o único caminho depois de um processo longo de negociação. “Em agosto, entramos em negociação, houve três reuniões com a prefeita, mas não há avanço com a administração e precisamos paralisar as atividades”, explica a presidente da subsede do Sintep em Guarantã, Paula Regina Moraes Martins.
O sindicato diz que a prefeitura tem alegado falta de orçamento para atender a reivindicação. “No entanto, junto com o Sintep os trabalhadores realizaram estudos e confirmaram ser possível recompor as perdas. Isto, se a verba da educação for aplicada para tal fim”, aponta, em nota.
Na quinta-feira (31), está prevista, na Escola Estrelinha do Norte, mobilização e início de panfletagem em pontos estratégicos.
A última greve da rede municipal de Guarantã do Norte ocorreu em maio de 2012 e, durou 3 dias, por equidade do piso entre professores, técnicos e apoios.
Os educadores da rede municipal de Nova Monte Verde (no Nortão) deliberaram o início de greve por tempo indeterminado a partir de sexta-feira (1). Os trabalhadores exigem a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e reajuste do piso salarial de R$ 952 para R$ 1.071, como foi acordado em setembro entre o sindicato e a Prefeitura.
Há poucos dias, terminou a greve nas escolas estaduais em Mato Grosso, que durou cerca de 66 dias, e houve acordo para melhorar salários dos profissionais. Maide 400 mil alunos terão aulas até fevereiro para serem repostos os dias em que houve greve e o calendário escolar ser cumprido.
