A Polícia Civil, através da Delegacia Especializada de Estelionato, deflagrou hoje a Operação Proditor, para desarticular um grupo responsável pela prática dos crimes de estelionato, associação criminosa, e lavagem de capitais praticados contra condomínios de Cuiabá. São cumpridos um mandado de prisão preventiva, um de busca e apreensão domiciliar no bairro Jardim Vitória na capital, além de bloqueios de contas bancárias e o sequestro de dois imóveis e veículos de propriedade dos suspeitos.
O principal alvo da operação é um homem de 34 anos, ex-funcionário de uma empresa de administração de condomínios, apontado como o articulador de um esquema que desviou um total de mais de R$ 55 mil de, pelo menos, dois condomínios localizados em Cuiabá, apontou a Polícia Civil, através da assessoria.
O prejuízo decorreu de 46 operações fraudulentas consumadas, que tiveram como beneficiários sete suspeitos, todos próximos ao líder do grupo criminoso. As investigações, conduzidas pelo delegado Gustavo Godoy Alevado, revelaram que o principal investigado, que exercia as funções de assistente financeiro em empresas de assessoria condominial, utilizava seu acesso privilegiado às operações financeiras dos condomínios para executar os golpes.
O esquema funcionava através da falsificação de notas fiscais e boletos bancários em nome de fornecedores habituais dos condomínios. Com tal artifício, os síndicos eram induzidos a fazer pagamentos através de transferências por Pix, sob o falso pretexto de evitar juros e multas, direcionando os valores para contas de terceiros vinculados ao grupo criminoso.
Segundo as investigações, os valores desviados eram, em seguida, transferidos para contas de outros membros da associação criminosa, que repassavam grande parte do dinheiro para a conta do ex-funcionário.
A delegada titular da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, Eliane da Silva Moraes, explica que além de desarticular o esquema criminoso, a operação busca minimizar o prejuízo às vítimas lesados pelo atuação do grupo. “O sequestro de bens e o bloqueio de ativos têm como objetivo assegurar a reparação dos danos causados às vítimas e a perda dos bens adquiridos com o produto do crime, visando asfixiar financeiramente as atividades da associação criminosa”, diz a delegada
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