O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes do Nascimento, utilizou a tribuna da Câmara de Cuiabá, esta manhã. Ele falou das dificuldades dos grevistas da Educação em estabelecer uma linha de diálogo consensual com o governo do Estado.
Segundo ele, as reivindicações da categoria não se atrelam somente à recomposição salarial, mas também a melhorias físicas nas unidades de ensino e outros incentivos para que os profissionais possam exercer dignamente suas funções. Muitos equipamentos novos se encontrem ainda encaixotados, em desuso. Instrumentos, estes, que poderiam ser aproveitados nas unidades educacionais.
"Isso nem dá para entender. Os trabalhadores da Educação querem o básico para cumprir suas atribuições, contribuir para o desenvolvimento do processo educacional em Mato Grosso. Infelizmente, não encontram nenhuma contrapartida em aspectos essenciais ao que poderíamos considerar bom ensino".
De acordo com ele, o governo demorou 38 dias para enviar a primeira proposta, com base nas reivindicações já encaminhadas pelo Sintep. "Ao contrário do que se diz, não repudiamos a proposta governamental, parcialmente acatada. Mas tem que ser melhorada. E eles não aceitam isso".
Trata-se da greve mais difícil e longa que os educadores enfrentaram em Mato Grosso nos últimos anos, já com quase 60 dias. "A pauta reivindicatória é baseada na legislação em vigor, com base nos parâmetro que estabelece a destinação de 35% dos recursos à Educação. Algo que pode ser melhorado se o governo quiser".


