Um projeto de extensão, desenvolvido pelo Instituto de Ciência Agrárias e Ambientais (ICAA) do Câmpus de Sinop da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), tem promovido melhorias à comunidade Ikpeng, povo que habita a região do médio rio Xingu, no Território Indígena do Xingu, através do “Troca de saberes”, ação que, desde 2022, conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).
“Esse projeto se iniciou, na verdade, lá em 2018, 2017, mas aí começamos as viagens mais frequentemente, essa parceria lá no Xingu, a partir de 2019 junto ao povo Ikpeng, que habita a TIX, na região que eles chamam de Médio Xingu, ali no Polo Pavuru”, conta Onice Teresinha Dall’Oglio, docente do Instituto e coordenadora do projeto.
Esse projeto basicamente trabalha com várias ações e a gente desenvolve todas na forma de oficinas de formação. É uma parceria com a Escola Estadual Indígena Central Okpeng, que oferece àquela população educação até o ensino médio. Toda vez que vamos para lá, fazemos essas oficinas, que são basicamente de acordo com a nossa área de formação. Então, a gente trabalha a questão da gestão do território, a questão de prevenção dos incêndios, a melhoria da fertilidade do solo através de manejo da fertilidade, adotando os princípios agroecológicos, o monitoramento da fauna, porque a fauna é um componente importante para a segurança alimentar deles”, completa.
A última ação aconteceu na semana passada, o primeiro intercâmbio técnico e cultural do povo Enawenê-nawÊ na UFMT e no Xingu. O encontro promoveu a troca e aprendizados, conexões entre povos, fortalecendo tradições e construindo novos caminhos.
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