A juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade, da 1ª Vara Criminal de Sinop determinou que o réu Wellington Honorato dos Santos, denunciado por matar e arrastar o corpo de Bruna de Oliveira, de 24 anos, por correntes em uma moto, seja submetido ao tribunal do júri no dia 12 de novembro deste ano, a partir das 8h30, de forma híbrida.
Conforme a decisão da juíza, o réu deverá participar virtualmente, tendo em vista que ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá e sua presença em Sinop “poderá colocar sua vida em risco” e sua participação é “temerária, especialmente para sua integridade”, tendo em vista que o mesmo se declarou integrante de um organização criminosa rival da dominante no presídio em Sinop e para participar do julgamento na cidade teria que deslocar um dia antes e ficar custodiado na unidade prisional de Sinop.
“O prédio do Fórum fica localizado no Centro da Cidade e conta com apenas uma cela na carceragem distante do plenário do júri, estrutura totalmente incompatível com o suposto nível de periculosidade envolto a condição do acusado, o que colocaria tanto ele, quanto os agentes penais e demais circundantes em inegável risco, de modo que, repito, foi a razão de ensejar sua transferência da unidade prisional”, diz trecho da decisão.
“Acresço ainda que, na espécie, a realização do interrogatório por videoconferência não se dará
por mero comodismo do juízo, mas por necessidade de se garantir a segurança do(s) próprio(s)
acusado(s), do(s) servidor(es) e do público em geral, visto que se nem mesmo na Unidade Prisional de Sinop, onde se existe uma estrutura adequada para se manter pessoas encarceradas, era possível garantir a integridade física do réu”, acrescentou a magistrada.
Conforme Só Notícias já informou, o caso aconteceu em junho do ano passado. Bruna de Oliveira foi morta em uma quitinete e teve o corpo arrastado por correntes em uma moto, no bairro Primaveras. Câmeras de segurança registraram a ação. A vítima foi arrastada por cerca de três quadras até uma região de mata, onde foi jogada em uma vala.
Na vala, a polícia encontrou Bruna com uma corrente enrolada no pescoço, presa com um cadeado e com marca de degola. Bruna deixou três filhas.
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