O Ministério Público informou, no final a tarde, que a justiça de Sorriso recebeu denúncia contra o empresário Gabriel Júnior Tacca e o comerciante Danilo Carlos Guimarães, acusados de homicídio de Ivan Michel Bonotto, de 35 anos, em março, e foi também decretada a prisão preventiva dos dois denunciados.
Segundo a promotoria, os acusados agiram de forma premeditada, em comunhão de esforços e com dissimulação e concluiu que ocorreu por motivação torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Após o ataque, Gabriel simulou solidariedade ao levar a vítima ao hospital. A promotoria considera que foi tentativa de ocultar a sua participação no crime.
O promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino concluiu ” que o homicídio foi motivado por vingança pessoal. Ivan Bonotto mantinha uma relação de amizade com o casal Gabriel Tacca e Sabrina Iara de Mello, médica”. O promotor menciona que, “com o tempo, Ivan passou a se envolver amorosamente com Sabrina, o que teria despertado em Gabriel um intenso sentimento de vingança e rancor. A descoberta da traição e do relacionamento extraconjugal foi o estopim para o cometimento do crime”.
As investigações apontaram que Gabriel Tacca e Danilo Guimarães inventaram narrativa que o crime teria sido praticado no contexto de uma briga de bar com a intenção de ocultar o plano para executar Ivan. Os dois foram presos durante a Operação Inimigo Íntimo, deflagrada pela Polícia Civil. Sabrina também foi alvo da operação. Ela é acusada de, após o crime, ter invadido o celular da vítima no hospital, apagando mensagens, arquivos e fotografias que poderiam comprovar a relação amorosa extraconjugal. A conduta foi enquadrada como fraude processual qualificada.
Embora grave, o Ministério Público entendeu que a ação de Sabrina não possuía ligação direta com o homicídio, “não havendo provas, até o momento do oferecimento da denúncia, de sua participação na trama ou na execução do crime”. Por isso, foi solicitado o desmembramento do processo, com o encaminhamento da apuração da fraude à 2ª Vara Criminal de Sorriso. A medida visa garantir maior celeridade à investigação e evitar prejuízos à instrução do processo principal, que tramita no tribunal do túri.
Além disso, o MP solicitou a fixação de indenização mínima de R$ 500 mil à mãe da vítima, em razão dos danos causados pelo crime.
A informação é da assessoria do Ministério Público.
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