A Polícia Civil deflagrou, hoje, a Operação Rede de Mentiras, em Cuiabá, para cumprir um mandado de prisão preventiva, quatro mandados de busca e apreensão domiciliar e diversas ordens judiciais de sequestro de bens e valores que somam mais de R$ 1,3 milhão, suspensão de registro de pessoas jurídicas e proibição de exercício de atividade econômica, com objetivo de desarticular um sofisticado esquema de pirâmide financeira, que movimentou milhões de reais por meio de empresas que atraíam investidores com promessas de lucros mensais.
Segundo a polícia, a investigação também revelou indícios de lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e crimes contra as relações de consumo e a economia popular. O Ministério Público e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também atuaram no caso.
Até o momento, 27 vítimas procuraram a Delegacia do Consumidor, mas o número de pessoas lesadas em todo o país pode ser muito maior, acrescentou a Polícia Civil de Mato Grosso, através da assessoria.
Segundo as investigações da Decon, o grupo era comandado por um homem de 42 anos. Ele e seus sócios utilizavam empresas de soluções digitais para atrair investidores de diferentes Estados do país, com promessas de lucros mensais de até 7% e garantias inexistentes de segurança financeira.
As apurações apontaram que o esquema movimentou milhões de reais por meio de propagandas em redes sociais e transmissões ao vivo no YouTube, através de um canal para captar vítimas. Além da promessa de rentabilidade sem risco, o grupo incentivava a entrada de novos investidores, prática típica de pirâmides financeiras.
Diversas vítimas relataram prejuízos expressivos, com aportes que variaram de alguns milhares até centenas de milhares de reais. Em alguns casos, famílias inteiras foram lesadas. Houve relatos de intimidações e ameaças aos investidores que questionavam a falta de pagamento, detalhou a Polícia Civil.
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